POLÍTICA NACIONAL
Brasil vai estudar negociação com EUA sobre taxação do aço
Henrique Meirelles, disse na tarde de ontem (8) que o Brasil vai analisar uma estratégia.
Em 09/03/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na tarde de ontem (8) que o Brasil vai analisar uma possível negociação com os Estados Unidos com relação ao aumento da tarifa sobre o aço importado, medida assinada nesta quinta-feira pelo presidente Donald Trump.
“O governo assinou isso, vai valer daqui a 15 dias, mas eles estão dizendo que estão abertos a negociações. É preciso saber que negociação é essa, o que eles estão querendo negociar. Isso tudo será analisado do ponto de vista do que o Brasil tem a ganhar ou perder”, disse Meirelles, em Nova York, onde participa de um evento para promover investimentos estrangeiros no Brasil.
Para o ministro, a medida do governo americano é negativa para todos os envolvidos. “Beneficia a produção de aço e preserva os empregos de um grupo de trabalhadores das empresas que produzem aço. Mas prejudica, custa emprego para empresas industriais que usam aço ou alumínio e que diminuem a sua competitividade internacional por terem um insumo mais caro”.
O governo brasileiro divulgou nota hoje afirmando que a medida do governo americano vai causar "graves prejuízos" ao Brasil e terá impactos "nas relações comerciais e de investimentos entre os dois países".
Boeing
O ministro participou hoje de uma reunião com executivos da norte-americana Boeing, que negocia uma união com a brasileira Embraer. Segundo o ministro, a companhia fez uma apresentação sobre a proposta atual que eles estão fazendo à Embraer e ao governo brasileiro.
“É uma proposta que tem que ser analisada pelo Ministério da Defesa, mas é uma decisão empresarial, em última analise. Mas, do ponto de vista do interesse nacional, é importante ouvir”, disse Meirelles.
Segundo o ministro, a empresa manifestou interesse em usar a mão-de-obra brasileira, em uma possível fusão. “Eles dizem que têm interesse muito grande de usar mão-de-obra brasileira, por uma questão de custo e da mão-de-obra de alta qualidade da Embraer. Isso é uma questão que será devidamente analisada”. A proposta da Boeing é a separação de empresa em uma companhia de Defesa e outra empresa de jatos comerciais.
Imagem: Estadão Conteúdo/Divulgação