CIÊNCIA & TECNOLOGIA

Brasil vence Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica.

País liderou quadro de medalhas com dois ouros, duas pratas e um bronze.

Em 11/10/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O Brasil conquistou o primeiro lugar no quadro geral de medalhas da Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica com duas medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze. A 8ª edição do evento aconteceu na cidade argentina de Córdoba, entre 2 e 8 de outubro, e reuniu 41 alunos do ensino médio de nove países: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Uruguai.

"Cada dia tem uma prova diferente. Tem a prova individual, em grupo, teórica, observacional. Eles vão falando e você vai fazendo, com o horário certo e as instruções", explicou ao G1 o estudante Nicolas Almeida Verras, de 16 anos. Ele cursa o segundo ano no Colégio Bandeirantes e conquistou a prata, na competição, ao lado de Lucas Camargo da Silva. Henrique Barbosa de Oliveira e Mateus Siqueira Thimóteo levaram o ouro. Beatriz Marques de Brito, o bronze.

Beatriz garantiu ainda outros dois prêmios individuais: como melhor companheira e por ter feito a melhor prova observacional. Segundo Nicolas, essa etapa da competição é dividida em três provas menores.

Na primeira, os atletas devem identificar, a olho nu, uma série de corpos celestes apontados pelos organizadores. Na segunda, eles usam um telescópio previamente posicionado para definir qual tipo de corpo encaram no aparelho. Já na terceira, os próprios competidores devem apontar o telescópio para um corpo celeste sugerido pelos organizadores e, assim identificá-lo.

Durante a olimpíada, os estudantes foram acompanhados pelos astrônomos Dr. João Canalle, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Dr. Júlio Klakfe, da Universidade Paulista (UNIP). Eles e os demais competidores foram selecionados para participar do evento por meio das olimpíadas nacionais de astronomia e astronáutica.

"Eu descobri um pouco mais tarde que ia participar, porque tinha sido escolhido como terceiro suplente da delegação brasileira", explicou Nicolas. "Então, como houve a saída de três competidores, consegui entrar na delegação e viajar. Foi uma experiência bem legal".

Com pouco mais de um ano de experiência em competições voltadas às áreas de física e astronomia, o estudante quer agora a conquista de uma vaga na etapa internacional da Olimpíada, em 2017. Eu penso em fazer isso e, depois que eu me formar, tentar uma faculdade no exterior, para área de física, astronomia ou astrofísica", disse.

Com o resultado deste ano, o Brasil chegou à marca de 40 medalhas em todas as suas participações na competição. Desse número, 22 medalhas são de ouro, 15 de prata e três de bronze. Para 2017, a olimpíada já conta com o Chile como seu país-sede.

Fonte: g1