NEGÓCIOS
BRF vai aumentar despesas com marketing devido à Carne Fraca.
Segundo executivos, escândalo que afetou setor continuará afetando operações da companhia.
Em 12/05/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A empresa de alimentos BRF afirmou nesta sexta-feira (12) que o recente escândalo no setor de carnes no país, que resultou no fechamento temporário de uma planta da companhia e na acusação de dois executivos da empresa, seguirá afetando suas operações.
Em teleconferência com analistas, o presidente-executivo da BRF, Pedro Faria, disse que as despesas de marketing devem subir com a empresa lidando com as consequências da operação Carne Fraca da Polícia Federal, que acusou agentes sanitários e alguns executivos de conspirarem para o descumprimento de regras.
"A investigação deixará marcas profundas", disse o executivo, acrescentando que a BRF espera sair mais forte disso.
No balanço divulgado na véspera, a empresa diz que houve um aumento na despesa líquida, que totalizou R$176,9 milhões no primeiro trimestre, puxada especialmente pelos efeitos da Operação Carne Fraca.
Prejuízo de R$ 286 milhões
A BRF fechou o primeiro trimestre do ano com prejuízo de R$ 286 milhões, revertendo lucro de R$ 39 milhões no mesmo período do ano anterior. Entre os fatores que puxaram o resultado, a empresa citou a operação Carne Fraca, que resultou em aumento das despesas e na queda de receitas com importações após a restrição de alguns países.
A empresa teve queda de 3,8% na receita líquida no período, ainda na comparação com o primeiro trimestre de 2016, de R$ 8,12 bilhões para R$ 7,8 bilhões. O resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado somou R$ 506 milhões, queda de 50% em relação ao primeiro trimestre de 2016.