SAÚDE
Campanhas contra pólio e sarampo dia 8
As gotinhas da pólio serão administradas em bebês de seis meses a menores de cinco anos.
Em 30/10/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Começam no próximo sábado (08) e vão até o dia 28 de novembro as campanhas nacionais de vacinação contra duas doenças infantis graves: a poliomielite (paralisia infantil) e o sarampo. As ações promovidas ao mesmo tempo visam facilitar a cobertura de crianças com faixas etárias parecidas.
As gotinhas da pólio serão administradas em bebês de seis meses a menores de cinco anos. Já a injeção contra o sarampo será aplicada em crianças de 12 meses até menores de cinco anos. Quem tiver idade em comum a essas duas faixas etárias estará apto a tomar as duas vacinas de uma vez.
“Crianças de 12 meses a menores de cinco anos poderão receber as gotinhas e a injeção ao mesmo tempo sem riscos. Já as crianças de seis meses a menores de um ano receberão somente as gotinhas. As duas campanhas simultâneas esperam facilitar a cobertura vacinal de dois públicos-alvos com idades parecidas”, diz a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Danielle Grillo.
As vacinações serão feitas nas unidades municipais de saúde de todos os 78 municípios capixabas. Mas haverá dois “Dias D”, nos dias 08 e 22 de novembro para chamar a atenção dos pais. “A realização da campanha em dois sábados é uma forma de facilitar para os pais e responsáveis que trabalham durante a semana”, explica a coordenadora.
Pólio
No Espírito Santo, há 227.682 crianças de seis meses a menores de cinco anos. O objetivo é cobrir pelo menos 95% desse total, o que representa 216.297 meninos e meninas capixabas. No ano passado, o índice alcançado foi de 98,04%.
A imunização contra a paralisia infantil também faz parte do calendário nacional de vacinação. As doses são ministradas aos dois, quatro, seis e 15 meses vida, além dos quatro anos de idade. Mas durante a campanha, todas as crianças serão contempladas.
“Todas as crianças de seis meses a menores de cinco anos tomarão as gotinhas, independentemente se já receberam e de quando receberam outra dose na vacinação de rotina”, esclarece Danielle Grillo.
O Estado não registra caso da doença desde 1987 e o Brasil desde 1989. Mas é preciso manter uma barreira contra a paralisia infantil, que está presente em 10 países: Afeganistão, Nigéria, Paquistão, Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria, Etiópia e Israel.
“É importante mantermos altas coberturas vacinais e a vacinação homogênea para evitarmos o risco de ter a pólio reintroduzida no Brasil”, revela a coordenadora.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa, causada por um vírus. Ele acomete, em geral, os membros inferiores e tem como principais características a flacidez muscular e pode levar à morte ou a sequelas paralíticas irreversíveis.
Sarampo
A Campanha Nacional de Seguimento contra o Sarampo visa crianças de 12 meses a menores de cinco anos. No Estado, isso corresponde a 201.248 pequeninos. Assim como na pólio, a meta é atingir 95% desse público-alvo, correspondente a 191.185 pessoas.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), essa ação pretende resgatar crianças ainda não contempladas e corrigir eventuais falhas na imunização. “Essa é como se fosse uma dose de reforço, porque a vacina contra a doença também está no calendário”, salienta Danielle Grillo.
O esquema inclui a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses. “A criança que já foi contemplada com uma dessas duas doses de rotina em um período menor de 30 dias não deverá receber a dose prevista pela campanha”, alerta a coordenadora.
A ocorrência da doença fora do país, sobretudo na África, Ásia e Oceania, acabou acarretando em surtos nos estados de Pernambuco e Ceará. Esse fato ameaça o certificado de eliminação do sarampo conquistado pelo Brasil.
O sarampo é causado por vírus, transmitido de pessoa a pessoa por meio de secreções ao tossir, espirrar ou falar. Os sintomas são febre alta (com início em até 12 dias à exposição ao vírus e duração máxima de sete dias), erupções vermelhas na pele, coriza, tosse, olhos vermelhos e lacrimejantes, conjuntivite e pequenas manchas brancas no interior da bochecha.
Serviço – Campanha Nacional de Vacinação contra a Pólio e Campanha Nacional de Seguimento contra o Sarampo
Quando: 08 a 28 de novembro
Onde: em todo o Brasil. No Espírito Santo a vacina estará disponível em unidades municipais de saúde de todos os 78 municípios capixabas
Públicos-alvos
Pólio: crianças de seis meses a menores de cinco anos (até quatro anos, 11 meses e 29 dias)
Sarampo: crianças de 12 meses a menores de cinco anos (até quatro anos, 11 meses e 29 dias)
Observação: crianças de 12 meses a menores de cinco anos poderão tomar as duas vacinas de uma só vez seguramente. Crianças de 12 meses a menores de cinco anos que já foram imunizadas contra o sarampo na vacinação de rotina em um período menor que 30 dias não deverão receber a dose da campanha.
Contraindicação
De modo geral, devem ser evitadas em crianças com infecções agudas febris, alergia grave a algum componente das vacinas e reação grave à dose anterior, crianças imunodeprimidas e crianças que estejam em contato com imunodeprimidos.
Reações adversas
No caso da pólio é raríssimo o surgimento de alguma reação adversa. A imunização contra o sarampo pode causar febre, dor no local da injeção, vermelhidão, inchaço manchas avermelhadas no corpo, ínguas. Em situações raras, podem acontecer reações anafiláticas.
Fonte: Folha Vitória