SAÚDE

Câncer de pâncreas: doença atinge principalmente os homens

O tumor é relativamente raro antes dos 30 anos, tornando-se mais comum a partir dos 60.

Em 16/01/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Pressfoto

Tumor é mais comum a partir dos 60 anos e merece extrema atenção.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) inclui, pela primeira vez, os tumores de pâncreas em suas estimativas de casos da doença. De acordo com a entidade, o Brasil deve registrar 10.980 casos novos da doença em cada ano do triênio 2023-2025, o que representa pouco mais de 1% de todos os cânceres diagnosticados.

Mesmo não sendo um dos tipos mais frequentes na população brasileira, merece extrema atenção. Não há exame de rastreamento para a doença, que tem detecção difícil, sendo diagnóstico em fases avançadas o mais comum além de ter comportamento agressivo.

Por isso, os tumores de pâncreas apresentam taxa de mortalidade elevada. De acordo com dados do INCA, é responsável e por 5% do total de mortes causadas por neoplasias no Brasil. Enquanto a ciência busca novos avanços no tratamento, é importante conhecer mais sobre a doença e seus fatores de risco.

O câncer de pâncreas é relativamente raro antes dos 30 anos, tornando-se mais comum a partir dos 60. A incidência é predominante no sexo masculino. 

O câncer de pâncreas está entre os 10 mais incidentes na região Sul, sendo seus principais fatores de risco a obesidade, sedentarismo, tabagismo, dietas (ricas em processados, açúcar, gorduras), e diabetes. Os portadores de pancreatite crônica (alcoólica e não alcoólica) tem uma possibilidade até 10 vezes maior de desenvolver um tumor no órgão do que aqueles que não têm a doença. Pacientes que receberam radioterapia na área onde se localiza o pâncreas correm risco mais alto. Outro perigo é a exposição prolongada a pesticidas e outros produtos químicos. 

O tipo de tratamento é definido de acordo com o estádio em que a doença se apresenta no diagnóstico e podem envolver cirurgia, quimio e radioterapia. Uma recomendação recente sugere que todos os pacientes com câncer de pâncreas, em qualquer estágio, sejam submetidos à pesquisa de mutação no gene BRCA, com um exame simples de sangue. Cerca de 6% a 8% dos pacientes com câncer de pâncreas apresentam a mutação no BRCA 1 ou 2.  Para estes, estratégias com terapia oral também podem ser indicadas.

A literatura médica aponta que, até 2030, o tumor de pâncreas poderá ser a segunda causa de morte por câncer no mundo. Enquanto a ciência busca mais avanços em tratamentos, conhecer melhor a doença e seus fatores de risco, e estimular o diagnóstico precoce é a forma mais eficiente de conseguir melhores prognósticos. (Por Fernando Maluf, *com informaçoes Forbes)

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