Capoeira ajuda das aprendizado das crianças em Vitória

Ao longo do ano, os profissionais do Cmei trabalharam com as crianças propostas de experiências educativas referentes à educação para as relações étnico-raciais, destacando de maneira lúdica a importância de respeitar as diferenças.

"Paranauê, paranauê Paraná". Ao som do berimbau, as crianças do turno vespertino do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Laurentina Mendonça Corrêa, em Consolação, receberam a visita da equipe de Mestre Elton, professor de Capoeira do Instituto João XXIII, para uma demonstração da atividade. O convite foi realizado pelas pedagogas da unidade de ensino.

Ao longo do ano, os profissionais do Cmei trabalharam com as crianças propostas de experiências educativas referentes à educação para as relações étnico-raciais, destacando de maneira lúdica a importância de respeitar as diferenças.

Durante a apresentação, mestre Elton explicou a origem da capoeira e dos instrumentos musicais utilizados por capoeiristas durante o jogo de roda, entre eles o berimbau.

"A mistura de várias culturas africanas fez surgir a capoeira. Capoeira é luta e também é dança, poesia, cultura e história", ressaltou.

"No mês de novembro, quando é celebrado o mês da Consciência Negra, as crianças se envolveram nas atividades, dando visibilidade ao tema de forma lúdica e interativa. As crianças do Cmei puderam acompanhar de perto e sentir toda a energia dessa expressão cultural negra que envolve luta e dança", disse a pedagoga Adriana Leal.

A mistura de dança, luta, artes marciais e música carrega a cultura do Brasil para o mundo todo. A capoeira foi uma prática proibida no Brasil até 1930, quando passou a ser reconhecida como um símbolo da identidade brasileira. Em 2014, a Roda de Capoeira foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.

Origem do termo

Por ser uma expressão cultural transmitida de forma oral por muitas gerações, não se sabe ao certo a origem do termo capoeira. Duas explicações são consideradas as mais prováveis.

A primeira remete ao idioma tupi. "Ka'a" significa mata e puêra significa o que foi. Os escravizados que escapavam das propriedades rurais muitas vezes se escondiam em áreas de mata rasteira, de agricultura índigena.

A segunda explicação vem de um cesto chamado de capoeira no qual os escravizados transportavam mercadorias para os centros comerciais da época. Alguns historiadores acreditam que, neste trajeto, os cativos praticavam a mistura de dança e luta, que terminou apelidada com o nome do cesto. (Secom/PMV)

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