POLICIA

Cardozo pede que diretor-geral da PF esclareça intimação do filho de Lula

Ministro da Justiça quer apurar se intimação ocorreu "fora do padrão".

Em 30/10/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O comunicado divulgado pela assessoria do Ministério da Justiça afirma que o Cardozo quer apurar se Luís Cláudio foi intimado "fora do procedimento usual". A intimação teria sido feita após as 23h da última terça.

Na segunda-feira (26), a PF cumpriu mandado de busca e apreensão nas empresas de Luís Cláudio, em São Paulo, por ordem da juíza Celia Regina Bernardes. No despacho que ordenou as buscas, a magistrada ressaltou que a LFT – uma das empresas do filho de Lula – recebeu, em 2014, R$ 1,5 milhão do escritório do vice-presidente da Anfavea, Mauro Marcondes.

O Ministério Público avalia como suspeito o fato de a LFT – uma empresa de marketing esportivo – estar recebendo um valor expressivo de uma empresa especializada em atuar com a administração pública.

De acordo com o Blog do Matheus Leitão, inicialmente, Luís Cláudio deveria prestar depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (29). No entanto, o advogado do filho de Lula, Cristiano Zanin, solicitou o adiamento da conversa de seu cliente com os policiais federais.

Investigadores que atuam na Operação Zelotes informaram ao Blog que o pedido da defesa foi acatado e o caçula de Lula deve ser ouvido somente na semana que vem.

À TV Globo, o advogado de Luís Cláudio afirmou, por meio de nota, que as empresas do filho do ex-presidente "atuam com prestadores de serviço, contratados de acordo com a necessidade, escopo e dimensão do trabalho em questão".

"A LFT foi remunerada pela Marcondes e Mautoni por projetos executados e devidamente entregues. Todos os valores recebidos foram contabilizados e os impostos pagos, estando os comprovantes à disposição das autoridades", alegou o advogado.

A defesa de Luís Cláudio protocolou nesta quarta (28) um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal  da 1ª Região (TRF-1) para tentar anular a decisão judicial que autorizou busca e apreensão em um endereço onde funcionam três empresas do filho do ex-presidente.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou nesta quinta-feira (29), por meio de nota, que solicitou "esclarecimentos imediatos" ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Leandro Daiello, sobre a intimação para o filho mais novo do ex-presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, prestar depoimento à corporação.

Segundo o Blog do Matheus Leitão, o caçula de Lula foi intimado na última terça-feira (27) – dia em que o pai completou 70 anos – a depor à PF para esclarecer as suspeitas de que uma empresa dele recebeu propina do esquema de corrupção que atuava no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda. A suposta fraude em julgamentos e venda de sentenças do Carf é investigada pela Operação Zelotes.

O comunicado divulgado pela assessoria do Ministério da Justiça afirma que o Cardozo quer apurar se Luís Cláudio foi intimado "fora do procedimento usual". A intimação teria sido feita após as 23h da última terça.

Na segunda-feira (26), a PF cumpriu mandado de busca e apreensão nas empresas de Luís Cláudio, em São Paulo, por ordem da juíza Celia Regina Bernardes. No despacho que ordenou as buscas, a magistrada ressaltou que a LFT – uma das empresas do filho de Lula – recebeu, em 2014, R$ 1,5 milhão do escritório do vice-presidente da Anfavea, Mauro Marcondes.

O Ministério Público avalia como suspeito o fato de a LFT – uma empresa de marketing esportivo – estar recebendo um valor expressivo de uma empresa especializada em atuar com a administração pública.

De acordo com o Blog do Matheus Leitão, inicialmente, Luís Cláudio deveria prestar depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (29). No entanto, o advogado do filho de Lula, Cristiano Zanin, solicitou o adiamento da conversa de seu cliente com os policiais federais.

Investigadores que atuam na Operação Zelotes informaram ao Blog que o pedido da defesa foi acatado e o caçula de Lula deve ser ouvido somente na semana que vem.

À TV Globo, o advogado de Luís Cláudio afirmou, por meio de nota, que as empresas do filho do ex-presidente "atuam com prestadores de serviço, contratados de acordo com a necessidade, escopo e dimensão do trabalho em questão".

"A LFT foi remunerada pela Marcondes e Mautoni por projetos executados e devidamente entregues. Todos os valores recebidos foram contabilizados e os impostos pagos, estando os comprovantes à disposição das autoridades", alegou o advogado.

A defesa de Luís Cláudio protocolou nesta quarta (28) um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal  da 1ª Região (TRF-1) para tentar anular a decisão judicial que autorizou busca e apreensão em um endereço onde funcionam três empresas do filho do ex-presidente.

'Pancadaria'
Nesta quinta, três dias após as empresas de seu filho mais novo terem sido alvos da Operação Zelotes, Lula falou pela primeira vez publicamente sobre o assunto durante reunião do diretório nacional do PT. Diante dos dirigentes petistas, o ex-presidente da República afirmou que sobreviverá à "pancadaria”.

“Não queria que ficassem preocupados com esse problema. Ninguém precisa ficar com pena, porque se tem uma coisa que aprendi na vida é enfrentar a adversidade. Se o objetivo é truncar qualquer perspectiva de futuro, então vão ser três anos de muita pancadaria e, pode ficar certo, eu vou sobreviver”, afirmou o ex-presidente, aplaudido pela plateia de dirigentes petistas.

No início do discurso, Lula afirmou que o partido vive o maior “bombardeio” da história do país, “atacado 24 horas por dia”.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo Ministério da Justiça:

Nota à Imprensa

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, solicitou ao diretor-geral da Polícia Federal imediatos esclarecimentos sobre informação divulgada pela Imprensa de que o Sr. Luís Cláudio Lula da Silva teria sido intimado, em tese, fora do procedimento usual, para prestar depoimento em inquérito policial. O despacho foi emitido na tarde de hoje.

Brasília, quinta-feira, 29 de outubro de 2015/G1