POLÍTICA INTERNACIONAL

Casagrande apresenta ações do ES na área ambiental na COP-26

Governador do Espírito Santo apresentou as ações do Estado na área ambiental, em Glasgow.

Em 01/11/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Giovani Pagotto/Governo-ES e Adriano Zucolotto/Governo-ES

Ao lado do governador de São Paulo, João Dória, o governador Renato Casagrande apresentou as ações ambientais do Espírito Santo às entidades não governamentais presentes no Brazil Climate Action Hub.

No primeiro dia de agenda na 26° Conferência das Nações Unidas para a Mudança Climática (COP-26), em Glasgow, na Escócia, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, apresentou as ações do Governo do Estado na área ambiental. O capixaba também abordou o modelo de governança do Consórcio Brasil Verde, que conta com 22 governadores e será oficializado este mês. Casagrande já foi eleito, por unanimidade, para presidir a entidade.

Ao lado do governador de São Paulo, João Dória, o capixaba apresentou as ações ambientais do Estado às entidades não governamentais presentes no Brazil Climate Action Hub. Participaram representantes de instituições, como o SOS Mata Atlântica, Centro Brasil no Clima, Instituto Clima e Sociedade, Fridays For Future e Clima e Sociedade. Em outra agenda, Casagrande foi um dos convidados do evento #Time4MultilevelAction Dialogues, que contou com entes subnacionais (governadores e prefeitos) de vários locais do mundo.


Foto: Giovani Pagotto/Governo-ES e Adriano Zucolotto/Governo-ES

O governador do Espírito Santo destacou a importância do Consórcio Brasil Verde para a concretização das metas de redução da emissão de carbono do País.

“Organizamos esse consórcio, que tem o governador João Dória como coordenador do Bioma Mata Atlântica e eu como presidente, primeiro para fazermos o dever de casa. Nós temos que cobrar atuação do Governo Federal, mas os governadores têm suas responsabilidades, tanto com relação à fiscalização do desmatamento, como também para o incentivo ao reflorestamento, desenvolvimento de energias renováveis e o financiamento de projetos de descarbonização”, pontuou.

Renato Casagrande reforçou que há a necessidade de realização desse trabalho para dentro dos governos, com a adoção de programas estaduais de combate às mudanças climáticas.

“Nós que assinamos o Race To Zero (Corrida para o Zero) temos um cronograma a seguir. A primeira tarefa é interna, dentro dos governos, pois se quisermos trabalhar para fora, temos que ter credibilidade”, reforçou o capixaba, salientando que os estados podem e devem contribuir para o alcance das metas pelo País.

Ainda de acordo com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, o segundo ponto é ajudar o Brasil a alcançar suas metas.

“O segundo ponto é ajudar o Brasil a alcançar suas metas. O Brasil hoje ficou pelo meio do caminho. Assumiu metas, o que já é ótimo, mas não as alcançou desde que assumiu na Conferência de Paris. Para alcançarmos as metas de Paris, precisamos reduzir as emissões em 57% até 2030. Precisamos ter mais audácia e para isso tínhamos que diminuir mais de 60% de emissões. Só de zerar o desmatamento, a gente ultrapassa a meta. E o Consórcio Brasil Verde tem o papel de ser mais uma voz nesse debate”, disse.

Nos dois eventos, Casagrande apresentou as ações realizadas no Espírito Santo, como o Programa Estadual de Mudanças Climáticas.

“Agora estamos construindo o Plano Estadual em debate com a sociedade capixaba. Temos programas importantes de reflorestamento, o Reflorestar, que acompanha 285 mil hectares de regeneração de floresta. Temos ainda outros programas de energia limpa, saneamento, energia renovável, além de obras de adaptação e o Centro de Serviço de Monitoramento de Desastres Naturais”, citou.

O presidente do Centro Brasil no Clima, Guilherme Syrkis, articulador do primeiro evento do dia e do movimento Governadores pelo Clima, que deu origem ao Consórcio Brasil Verde, falou sobre a importância desse debate.

“Meu pai, Alfredo, quem puxou o Governadores pelo Clima e infelizmente nós o perdemos em um trágico acidente. Agora tenho uma missão grande, que é poder trazer essa mensagem firme de que os governadores estão comprometidos com a agenda climática e que retomam a liderança do País. O mercado de carbono vai gerar milhões para o Brasil e é fundamental regulamentar essa questão”, declarou.

Já o segundo evento do dia teve o objetivo de servir como um diálogo entre entes subnacionais - governos estaduais e municipais - de todo o mundo para formar um consenso sobre ações para influenciar as tomadas de decisão dos respectivos governos nacionais. O evento foi organizado pelo Comitê Internacional para Iniciativas Ambientais Locais (ICLEI).

Também participaram do encontro #Time4MultilevelAction Dialogues, o presidente da ICLEI, Frank Cownie, que é prefeito da cidade Des Moines (Estados Unidos); o secretário-geral do comitê, Gino Van Begin; o vice-governador da Província de Jeolla do Sul (Coreia do Sul); Mun Keun-Ju; o prefeito de Tegucigalpa (Honduras), Nasry Tito Asfura; a prefeita do Condado de Miami Dade (Estados Unidos), Daniella Levin Cava; a vice-prefeita de Budapeste (Hungria), Kata Tüttő, que é relatora sobre Gênero e Clima no Comité das Regiões Europeu (CR); o diretor do Escritório de Cooperação Internacional e Infraestrutura Sustentável, Global Agência Ambiental do Ministério do Meio Ambiente do Japão; Ryuzo Sugimoto; o presidente da Associação de Governos Locais de Ruanda, Innocent Uwimana, e a presidente da Globe International, Malini Mehra. (As informações são do Governo/ES)

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