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Centros de convivência promovem lazer e festas para Crianças

Centros de convivência promovem lazer e festas para Crianças e adolescentes em Vitória

Em 16/10/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Divulgação/PMV

O Centro de Convivência Bonfim promoveu, na última terça-feira (10), um piquenique no Parque Pedra da Cebola, na Mata da Praia, reunindo mais de 70 meninos e meninas dos seis aos 15 anos que participam de atividades no espaço.

Para os Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças e adolescentes da Secretaria de Assistência Social (Semas) da capital em todos os dias os direitos da garotada devem ser respeitados. Mas, para marcar o Dia das Crianças, que é uma  data instituída em calendário nacional,  e reforçar sobre os direitos de brincar e crescer em um ambiente seguro e de laços familiares fortes, uma programação especial foi preparada para os pequenos.

O Centro de Convivência Bonfim promoveu, na última terça-feira (10), um piquenique no Parque Pedra da Cebola, na Mata da Praia, reunindo mais de 70 meninos e meninas dos seis aos 15 anos que participam de atividades no espaço.

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Durante toda a manhã e tarde, o grupo brincou ao ar livre, longe das telas de celular, fazendo uma "viagem" no túnel do tempo das brincadeiras antigas, como pique-pega, cabra-cega ou, simplesmente, corrida no parque, sempre acompanhadas de colegas e da equipe profissional do Centro de Convicência Bonfim.

Atividades suficientes para deixar as amigas Victória Nobre Machado, de 12 anos, e Kalainne Andolf Fontes, 11, com o sentimento de ter ganhando um bom presente no Dia das Crianças.

"Muito bom estar no parque. Distrai e a gente não fica só olhando o celular, na verdade, a gente esquece ate dele. Conversa e conhece melhor os amigos. Fico até mais tranquila", disse Victória.

Ao serem questionadas sobre "o bom de ser criança", as amigas tinham a resposta na ponta da língua.

"Poder estudar e brincar.  Criança não trabalha. Vou querer estudar mais para me formar e ser veterinária", disse Kalainne. Victória também demonstrou conhecer os direitos básicos das crianças e adolescentes, enquanto sujeitos. "Aqui, a gente tem o direito de ser criança. Brincar sem se preocupar em trabalhar, com as obrigações de casa. Isso é coisa de adulto", disse ela.

Para Aline da Penha Santos, de 14 anos, estar no Parque da Cebola era uma oportunidade de aproveitar um pouco mais da cidade. Segundo ela, aquela era a segunda vez em que estava naquele lugar e, a primeira também foi num passeio promovido pelo CC Bonfim.

"O Centro de Convivência é muito bom. Gosto das oficinas de percussão e artes. Lá tenho oportunidades e foi muito bom para o meu desenvolvimento (referindo-se a forma de se comunicar com outras pessoas). Me sinto mais livre", comentou ela.

O menino Kayo dos Anjos, 12, demonstrava estar radiante em poder comemorar o Dia das Crianças do jeito que, disse ele, mais gostar: brincando. "Gosto de ser criança. Gosto de brincar e ser livre. Não ter obrigação de trabalhar para comprar coisas para casa", falou.

Ao mudar a expressão facial, demonstrando um olhar de tristeza, querer saber o motivo foi natural. Neste momento, Kayou disse:

"Fico triste quando lembro que tem crianças que são obrigadas a trabalhar. Conheço uma menina que trabalha. Ela é da minha idade e tem que ajudar a mãe a vender bombons para ajudar a família. Criança não merece. Criança deve brincar e sorrir".

Envolvimento

Enquanto no Centro de Convicência Bonfim as atividades foram ao ar livre no parque, no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Consolação uma oficina de cupcake envolveu as famílias juntando no espaço pais, mães, tios, avós, dindas, ou seja, os cuidadores e as crianças das famílias acompanhadas do Cras Território Consolação.

A proposta foi envolver os responsáveis familiares e as crianças possibilitando o fortalecimento dos laços familiares e criando memórias afetivas. Segundo a assistente social do Cras Consolação, Larissa Ramos, a oficina foi mais uma ferramenta utilizada para trabalhar o compartilhamento e cooperação entre os adultos e as crianças.

"Além de ser uma experiência culinária prazerosa, a atividade envolveu o exercício em equipe. Na oficina, toda a família participou tanto dos preparativos, quanto da decoração do cupcake. A interação e diversão das misturas dos ingredientes, do preenchimento das forminhas e do enfeite exigiram a colaboração e afinidade entre eles, para alcançar o objetivo final. O resultado foi maravilhoso", comentou ela.

A gerente de Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos , Cristina Silva, disse que é a partir da interação e do convívio com outras crianças, que a criança começa a construir sua identidade e a descobrir o outro.

"Uma data que não é só comercial, mas sim de valorização da infância, da proteção dessa etapa da vida tão especial que é o nosso reflexo do adulto que seremos", falou ela. 

A secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, recorreu a história para reforçar a importância do direito das crianças e adolescentes ao brincar, uma conquista estabelecida no século passado.

"Exercer esse direito independe da condição da criança, ou mesmo, das suas dificuldades sejam elas em aspectos físico, cognitivo ou social. Nada pode impedir crianças e adolescentes de brincar e se divertirem", frisou a secretária. (Secom/PMV)

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