POLÍTICA INTERNACIONAL
Cessar-fogo não impede que mortes ocorram na Ucrânia, diz ONU
O cessar-fogo foi anunciado em 5 de setembro, mas enfrentamentos continuam.
Em 09/10/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos informou ontem (8) que o conflito na Ucrânia, apesar do acordo de cessar-fogo, continua causando mortes e feridos e impedindo que mais de 5 milhões de pessoas, que vivem nas áreas de combate, possam exercer seus direitos mais básicos. O cessar-fogo foi anunciado em 5 de setembro, mas alguns enfrentamentos continuam a ocorrer nas regiões de Donetsk e Lugansk, no Leste do país.
“O cessar-fogo parou por completo as matanças? Claro que não. Ainda são registradas cerca de dez mortes por dia e continuam acontecendo enfrentamentos com uso de artilharia e armas de pequeno porte, especialmente em lugares estratégicos como o aeroporto de Donetsk”, disse o chefe da Divisão para Europa, América e Ásia Central no Escritório do Alto Comissariado, Gianni Magazzeni. Pelo menos 330 mortes foram registradas após o cessar-fogo.
Desde meados de abril, quando teve início a fase mais crítica do conflito entre as forças do governo e separatistas pró-russos, pelo menos 3.660 pessoas foram mortas e 8.756 ficaram feridas no Leste do país, de acordo com relatório sobre a situação dos direitos humanos na Ucrânia.
O conflito tem forte impacto na economia do país e na vida da população. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), apesar de parte das pessoas ter regressado para suas moradias, mais de 375 mil ainda estão em locais distantes das zonas de combate. Além disso, cerca de 40 mil pequenos e médios negócios no Leste da Ucrânia tiveram que parar suas atividades por causa da violência, deixando milhares de pessoas sem trabalho e renda.
O Alto Comissariado denunciou que o direito humanitário internacional continua sendo violado por grupos armados e por algumas unidades sob comando do Exército ucraniano. O organismo da ONU ressaltou que todas as violações e abusos dos direitos humanos devem ser minuciosamente investigados e julgados.
Com informações do Centro de Notícias ONU