MEIO AMBIENTE
Chamado da Floresta reúne 2 mil extrativistas em Santarém.
O III Chamado da Floresta, realizado entre 28 e 29 de outubro, marcou os 30 anos do CNS.
Em 04/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Cerca de dois mil extrativistas de todas as regiões do País se reuniram no III Chamado da Floresta, na Amazônia. Durante o encontro, os povos da floresta apresentaram ao governo federal as reivindicações voltadas à melhoria das condições do trabalho e de vida, aliadas à conservação da natureza. O III Chamado da Floresta, realizado entre 28 e 29 de outubro, marcou os 30 anos do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS).
Dentre as principais reivindicações das populações tradicionais constam o aumento das atividades de fiscalização – inclusive do roubo de madeira e desmatamento – agilização da elaboração de planos de manejo, regularização fundiária e ampliação do acesso à políticas públicas como assistência técnica, educação, energia, saúde, por exemplo.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foi um dos organizadores do evento e, junto com a população local, sediou o encontro na comunidade de São Pedro, um dos 74 povos tradicionais da Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, em uma das 320 unidades de conservação federais, administradas pelo ICMBio. Cerca de 20 mil pessoas vivem na Reserva Extrativista, distante cerca de 120 quilômetros de Santarém, no oeste do Pará.
O Instituto assumiu o compromisso de melhorar os processos internos, dentro das limitações atuais de orçamento e de pessoal, ampliar o diálogo e organizar seminários e oficinas com os movimentos sociais.
“Reunimos os extrativistas no Chamado da Floresta e, em vez de irmos a Brasília, convidamos os gestores de Brasília para virem até a Amazônia, até a floresta, para conhecerem a nossa realidade”, explicou o presidente do CNS, Joaquim Belo.
“A função principal de uma reserva extrativista é a conservação da natureza. Mas, como é uma área protegida de uso sustentável, e particularmente voltada às populações tradicionais extrativistas, o desenvolvimento social também é de igual prioridade”, explicou o presidente do ICMBio, Cláudio Maretti, que participou do evento.
O governo federal teve participação expressiva no III Chamado da Floresta. Além de representantes da Presidência da República, os Ministérios do Meio Ambiente (MMA), do Desenvolvimento Agrário (MDA), do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), da Saúde (MS), da Educação (MEC), o Incra e outros órgãos federais enviaram técnicos de diversas áreas para o evento.
Fonte: ICMBio