POLÍTICA INTERNACIONAL
China descarta mudanças por plano de Trump de levar fábricas para os EUA.
Nós não vamos mudar nossa meta de nos abrir para o mundo exterior", disse ele.
Em 19/02/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
XANGAI (Reuters) - A China está acompanhando de perto os planos do presidente norte-americano Donald Trump de criar mais empregos domésticos ao encorajar empresas dos EUA a levar para casa ou recomeçar sua produção dentro do país, mas não mudará sua estratégia, disse o Ministro da Indústria chinês Miao Wei na sexta-feira.
"Estamos prestando muita atenção a essas políticas, mas elas não vão afetar o desenvolvimento da indústria manufatureira da China", disse Miao em comunicado de imprensa.
Ele afirmou que a China continuaria encorajando empresas estrangeiras a investirem na China enquanto ao mesmo tempo encoraja empresas domésticas a irem para fora.
"Nós não vamos mudar nossa meta de nos abrir para o mundo exterior", disse ele.
Preocupado de que suas indústrias dependentes de exportação sofram, a China pediu repetidamente a líderes globais que rejeitem o protecionismo, o qual Trump tem defendido como sua campanha "América First".
Falando no Fórum Econômico Mundial em Davos no mês passado, o presidente chinês Xi Jinping comparou o protecionismo a "prender a si mesmo em um quarto escuro" e cortar "luz e ar".
O setor de aço da China tem estado sob pressão, com fábricas sujeitas a um número crescente de ações anti-dumping em meio a acusações de que estavam vendendo abaixo de preço de custo e forçando competidores estrangeiros a sair do mercado.
O vice-ministro da Indústria, Xu Lejiang, disse no evento de sexta-feira que a decisão da China de cortar 65 milhões de toneladas de capacidade de aço no ano passado já elevou os preços, com um índice composto liderado pela Associação de Ferro e Aço da China subindo 76,5 por cento em 2016.
Xu disse que o número total de produtoras de aço em déficit caiu 51 por cento no ano passado, enquanto os lucros gerais do setor subiram mais que o dobro em 2016.
Por David Stanway/Reters