ECONOMIA INTERNACIONAL
China está pronta para resposta a tarifas dos EUA, diz embaixador
Disputa comercial entre Estados Unidos e China atinge o mercado.
Em 03/04/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A China vai adotar contramedidas da "mesma proporção" e escala se os Estados Unidos aplicarem tarifas sobre os bens chineses, disse o embaixador chinês em Washington, em meio a crescentes temores de uma guerra comercial.
Cui Tiankai deu a declaração antes do esperado anúncio nesta semana de tarifas dos EUA de US$ 50 bilhões a US$ 60 bilhões sobre importações chinesas.
"Se eles fizerem isso, nós com certeza adotaremos contramedidas da mesma proporção, e da mesma escala, da mesma intensidade", disse Cui em entrevista publicada no site da China Global Television Network (CGTN) e transmitida pela televisão estatal na terça-feira.
No domingo a China anunciou tarifas sobre US$ 3 bilhões em importações de alimentos e outros produtos dos EUA em resposta às tarifas norte-americanas sobre importações de alumínio e aço, um conflito que os investidores temem que seja um prelúdio de uma ampla guerra comercial.
A investigação iniciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, é centrada em acusações de roubo de propriedade intelectual e transferência forçada de tecnologia pela China, o que Pequim nega.
Os mercados acionários da China recuaram nesta terça-feira (2), em meio aos renovados temores de um guerra comercial. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,62%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,85%.
O escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) precisa apresentar a lista de produtos até sexta-feira, de acordo com o decreto tarifário contra a China que Trump assinou em 22 de março.
A investigação da agência autorizando as tarifas alega que a China tem sistematicamente procurado se apropriar indevidamente da propriedade intelectual dos EUA por meio de exigências de joint venture, regras injustas de licenciamento de tecnologia, compras de empresas de tecnologia dos EUA com financiamento estatal e roubo.
(Foto: Reprodução)