NEGÓCIOS

China estabelece teto para crédito emitido em plataformas ponto a ponto.

As plataformas que emprestam, porém, terão um período de 12 meses para se ajustar às normas.

Em 24/08/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O regulador bancário da China estabeleceu novas normas para controlar um segmento não regulado de emprestadores online no país, ao impor limites à quantidade de crédito disponível para os emprestadores.

Chamadas de emprestadores "peer-to-peer" (ponto a ponto ou pessoa a pessoa), essas plataformas na internet atuam em um segmento pouco privilegiado no sistema bancário estatal, que prefere em geral emprestar para grandes corporações, politicamente conectadas, em vez de para emprestadores menores. O setor, que teve crescimento explosivo nos últimos três anos, também foi vítima de plataformas mal gerenciadas, várias das quais faliram no último ano.

Novas regras emitidas nesta quarta-feira buscam formalizar as regulações preliminares da Comissão Regulatória Bancária da China, emitidas no fim do ano passado. A intenção do órgão é controlar essas plataformas pessoa a pessoa e as regras formais pela primeira vez impõem limites aos empréstimos.

Os indivíduos

Os indivíduos podem emprestar até 200 mil yuans (US$ 30.111) de uma única plataforma pessoa a pessoa e o total de empréstimo em diferentes emprestadores dessa modalidade tem um teto de 1 milhão de yuans. Para companhias e outras organizações, o limite é de 1 milhão de yuans em uma única plataforma e 5 milhões de yuans no total, segundo as novas regras.

O regulador disse que as regras entram em vigor nesta quarta-feira. As plataformas que emprestam, porém, terão um período de 12 meses para se ajustar às normas.

Problemas com essa modalidade proliferaram em meio ao rápido crescimento do setor. Até o fim de junho, havia 2.349 plataformas do tipo em operação na China, com 621,26 bilhões de yuans em empréstimos em circulação - cinco vezes superior ao montante do fim de 2014, segundo dados do regulador bancário.

O órgão aponta também que cerca de 43% das plataformas teve problemas até o fim de junho. O caso mais notável foi da Ezubo, que faliu no ano passado, deixando os investidores sem US$ 7,6 bilhões e levando reguladores a reforçar a supervisão do setor.

Fonte: Dow Jones Newswires