POLÍTICA INTERNACIONAL
China vai retaliar se EUA sancionarem importações de aço
Foi o que afirmou um responsável do Ministério chinês do Comércio, Wang Hejun.
Em 17/02/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A China responderá com as “medidas necessárias” para defender seus interesses, se os Estados Unidos adotarem sanções comerciais contra as exportações chinesas de aço e alumínio – afirmou um responsável do Ministério chinês do Comércio.
“Se a decisão final dos Estados Unidos afetar os interesses chineses, a China adotará as medidas necessárias para defender seus legítimos interesses”, declarou o diretor do Escritório de Pesquisa e Ajudas Comerciais do Ministério do Comércio, Wang Hejun.
Na véspera, o Departamento americano do Comércio apresentou três medidas possíveis sobre tarifas, ou cotas, às importações americanas de alumínio e de aço.
A última palavra será do presidente americano, Donald Trump, que deve tomar decisões sobre o aço antes de 11 de abril e, sobre o alumínio, antes de 19 do mesmo mês.
As medidas seriam aplicadas a todos os países exportadores de alumínio e aço, mas apontam em particular para a China.
O Ministério do Comércio da China publicou neste sábado (17) um longo comunicado para refutar os argumentos americanos, particularmente o da Segurança Nacional dos Estados Unidos.
“As conclusões das investigações não têm fundamento e não correspondem à realidade”, afirmou o comunicado chinês.
Na terça-feira (13), Trump afirmou que a indústria siderúrgica e de alumínio dos Estados Unidos havia sido “dizimada” pelas importações chinesas, o que representava um problema de Segurança Nacional já que o aço é crucial para a indústria de defesa.
A maior parte “do aço e do alumínio que os Estados Unidos importam é feita de produtos de gama baixa e intermediária”, afirmou Wang Hejun neste sábado.
A China produz cerca de metade do aço mundial, mas contribui com menos de 2% do aço importado pelos Estados Unidos.
Estados Unidos e União Europeia denunciam os subsídios públicos que o setor de siderurgia recebe na China.
Imagem: ÁsiaMetals- :INDA/Divulgação