POLÍTICA INTERNACIONAL

CIA diz que Rússia interveio para ajudar vitória de Trump nos EUA.

Durante a campanha, autoridades do governo russo auxiliou os esforços de Donald Trump.

Em 10/12/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

WASHINGTON - A CIA concluiu que a Rússia interveio na eleição presidencial norte-americana de 2016 para ajudar o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, a alcançar a Casa Branca, e não só para minar a confiança no sistema eleitoral dos EUA, disse uma autoridade sênior norte-americana na sexta-feira.

Agências de inteligência dos EUA avaliaram que à medida que a campanha presidencial de 2016 se desenhava, autoridades do governo russo prestaram crescente atenção em auxiliar os esforços de Donald Trump na conquista da eleição, disse na sexta-feira à Reuters a autoridade norte-americana próxima à descoberta, sob condição de anonimato.

Citando autoridades com entendimento do assunto, o Washington Post relatou na sexta-feira que agências de inteligência identificaram indivíduos com ligações com o governo russo que providenciaram milhares de e-mails hackeados do Comitê Nacional Democrata e outros, incluindo do chefe da campanha presidencial de Hillary Clinton, ao WikiLeaks.

À medida que a eleição se aproximava, hackers russos viraram quase toda a atenção para os democratas. Praticamente todos os e-mails que divulgaram publicamente poderiam fazer possíveis danos a Hillary e ao Partido Democrata, disse a autoridade à Reuters.

Autoridades russas negaram todas as acusações de interferência na eleição dos EUA. Uma porta-voz da CIA disse que a agência não possuía comentários sobre a questão.

Em outubro, o governo dos Estados Unidos acusou formalmente a Rússia de uma campanha de ataques cibernéticos contra organizações do Partido Democrata antes das eleições presidenciais de 8 de novembro.

O presidente Barack Obama disse que alertou o presidente russo, Vladimir Putin sobre as consequências dos ataques.

Trump disse não estar convencido de que a Rússia estaria por trás dos ataques cibernéticos.

Por David Alexander e John Walcott/Reuters