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Cidade de Vitória tem redução histórica de homicídios

Prefeitura de Vitória tem redução histórica de homicídios e 42% menos crimes patrimoniais

Em 01/04/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Leonardo Silveira/PMV

Os quatro índices de roubo - a coletivo, contra pessoa, residência e comércio - apresentaram queda significativa nos dois primeiros meses do ano de 2024 na capital.


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Vitória começou 2024 com uma sequência de quedas nos casos de assassinatos, fruto da integração das forças policiais - Polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal, Penal e Guarda Municipal de Vitória -, com duas mortes violentas em março.

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"Sabemos que segurança pública não se faz sozinho. Os trabalhos correlacionados das polícias e Guarda provocam impacto a curto e médio prazos a essa área tão sensível em qualquer lugar", observou o prefeito da capital, Lorenzo Pazolini.

Pensando em resultados também a longo prazo, o prefeito reforça os investimentos e melhorias em outras áreas da cidade.

"Uma cidade com iluminação adequada e os Parque Kids, com equipamentos de lazer e infraestrutura de qualidade, trouxeram qualidade de vida aos cidadãos, que passaram a ocupar esses espaços públicos. E não para por aí, demos educação de qualidade e tempo integral, fortalecendo os laços sociais e minando a criminalidade", observa.

Roubos

Os quatro índices de roubo - a coletivo, contra pessoa, residência e comércio - apresentaram queda significativa nos dois primeiros meses do ano de 2024 na capital. O resultado é fruto da integração das forças de segurança, mas com uma forte presença dos agentes da Prefeitura de Vitória.

"Criamos um planejamento para reestruturar as políticas de segurança. Demos uma atenção especial à Guarda de Vitória, fornecendo infraestrutura adequada, equipamentos e capacitação, formando uma instituição forte para atuar contra a criminalidade", destacou o prefeito.

Os registros de assaltos a comércios, residências, pedestres e ônibus reduziram de 629 para 362, conforme dados do Painel de Crimes Contra o Patrimônio. A maior queda foi de crimes contra estabelecimentos comerciais: 64%.

"A atenção aos comércios era uma prioridade para a gestão. Além dos agentes em si, foi lançado o aplicativo SOS Comércio, que gerou aos comerciantes uma sensação de maior segurança, já que é uma comunicação rápida diretamente com a Central de Monitoramento. A partir do acionamento, podemos utilizar os recursos humanos e toda a tecnologia à disposição", pontua o secretário de Segurança Urbana de Vitória, Amarílio Boni.

No quesito tecnologia, o secretário pontua as 841 câmeras da Prefeitura de Vitória espalhadas pela cidade. O objetivo é que o município chegue a 1 mil equipamentos até o final do ano. Por meio delas, os guardas que operam os equipamentos podem monitorar situações adversas na cidade, incluindo o trânsito.

Investimentos

Os investimentos da atual gestão na área da segurança começaram pela tecnologia adquirida. A cidade passou de 24 para 841 câmeras de videomonitoramento, tudo operacionalizado pela Central Integrada de Operações e Monitoramento (Ciom) da Guarda de Vitória.

Para processar tantas imagens, foi necessário o investimento de R$ 1,7 milhões para compra de softwares e o videowall, um super painel com 24 telas. Isso potencializou a ação dos agentes na segurança viária, no acompanhamento de ações criminosas, abordagens a criminosos e inibição de crimes. Também foi adquirido drone para monitoramento de grandes eventos, operações e trânsito.

Uma novidade da Guarda Municipal de Vitória foi a Gerência de Inteligência. Um grupo que trabalha com informações e levantamentos para chegar a suspeitos de crimes, ajudar em apreensões e reunir subsídios para investigações da Polícia Civil.

Foram reformadas as bases de Santa Lúcia e dos grupamentos Romu e GTO, em Goiabeiras, além da mega estruturação da Base Operacional em Jucutuquara. Lá, foram criados vestiários, refeitório e ainda há planejamento de academia para atividade física.

Foi criada ainda a Ronda Ostensiva Municipal, a Romu, grupamento especializado para atuação em áreas de risco. No quesito armas e equipamentos, foram adquiridos 10 fuzis, 350 armas não letais (taser), 10 bafômetros e 25 impressoras a laser. Toda a frota de viaturas foi renovada, contando inclusive com viaturas blindadas.

Os agentes receberam um aumento de remuneração de 37% e passaram a contar com a progressão de cargos e carreira, possibilitando a perspectiva de crescimento salarial dentro da corporação.

Depois de 12 anos, deu-se início ao processo para realização de concurso público para a Guarda de Vitória no intuito de ter, pelo menos, 100 novos agentes.

Atuação

No último ano, também foi colocada em prática a atividade de ampliação da segurança nas escolas municipais, com a presença de agentes nas proximidades das escolas nos horários de entrada e saída de alunos das escolas e cinco Centros de Ciências e Educação, além do dispositivo de Botão Escolar. A proposta tem uma ligação direta entre a escola e a Guarda e foi pioneira no Brasil.

Também na atual gestão, foi implantado o projeto SOS Comércio. Trata-se de um aplicativo para os comerciantes acionarem diretamente a Guarda de Vitória e compartilharem imagens com a Central de Monitoramento. Também são atendimentos os Botão Maria da Penha, ferramenta de proteção de mulheres vítimas de violência.

Nesse tempo, mais de 1.400 criminosos foram retirados das ruas pelos agentes e 680 veículos recuperados no território da Capital. Na proteção pela vida no trânsito, foram realizadas 355 blitze.

Outras ações

A atual gestão, desde que tomou posse, efetivou uma série de políticas públicas e ações afirmativas visando corrigir os históricos índices de criminalidade na cidade.

Educação

Por acreditar na educação como ferramenta transformadora a Prefeitura de Vitória tem investido na ampliação do número de escolas que oferecem a modalidade Tempo Integral. A cidade passou de quatro para 30 escolas em tempo integral. Essa é uma forma de ensino que aprimora a autonomia das crianças, estimula hábitos saudáveis de higiene e organização, oferta cuidados e orientações nutricionais, além de evitar riscos sociais. Assim é o tempo integral. São elas:

Emef TI

Anacleta Schneider Lucas, na Fonte Grande;
Edna de Mattos Siqueira Gaudio, em Jesus de Nazareth.
Eunice Pereira Silveira, em Tabuazeiro;
Izaura Marques da Silva, em Andorinhas;
José Áureo Monjardim, em Fradinhos;
José Lemos Miranda, em Comdusa;
Moacyr Ávidos, na Ilha do Príncipe;

Cmei TI

Aécio Bispo dos Santos, em Jaburu;
Álvaro Fernandes Lima, em Bela Vista;
Carlita Correa Pereira, na Piedade;
Denizart Santos, na Ilha do Príncipe;
Dom João Batista de Motta e Albuquerque, na Praia do Suá;
Jacy Alves Fraga, em Tabuazeiro;
Jacyntha Ferreira de Sousa Simões, em Goiabeiras;
Luiz Carlos Grecco, na Ilha de Santa Maria;
Luiza Pereira Muniz Correa, em Mario Cypreste;
Maria Goretti Coutinho Cosme, em Cruzamento;
Menino Jesus, no Centro;
Professor Carlos Alberto Martinelli de Souza, em Gurigica;
Robson José Nassur Peixoto, em Forte São João;
Rubens José Vervloet Gomes, em Jardim Camburi;
Silvanete da Silva Rosa Rocha, em Comdusa;
Valdivia da Penha Antunes Rodrigues; em Santos Dumont;

Saúde

Há dois anos, Vitória conta com um serviço voltado para mulheres e famílias que sofreram violência intrafamiliar: a Casa Rosa, um Centro Especializado em Saúde da Mulher e Famílias em Situação de Violência. Desde a sua inauguração, em outubro de 2021, cerca de 7 mil famílias foram atendidas.

A Casa Rosa realiza atendimento, acompanhamento em saúde, oferece grupos de atendimento à crianças, adolescentes e mulheres que visam ressignificar a violência sofrida. Além disso, participa na rede intersetorial com ações de promoção e prevenção à violência doméstica e infrafamiliar.

As equipes realizam visitas, palestras, rodas de conversa em escolas, Unidades de Saúde, nos Centros de Atenção Psicossocial, Centro de Referência em Infecções Sexualmente Transmissíveis, Serviços de Fortalecimento de Vínculos, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Legião da Boa Vontade (LBV), entre outros, assim como também realizam estudos de caso, encaminhamentos, relatórios, matriciamento e capacitação em linhas de cuidado de violência.

O atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar com doze profissionais dentre: médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermagem e terapeuta ocupacional. O atendimento engloba escuta qualificada com avaliação de risco, atendimento médico e psicossocial e avaliação integral das condições gerais de saúde.

Do total de atendimentos realizados pelo equipamento de saúde, 55% são de violência sexual, 25% de violência doméstica, 9% de violência física e 11% de violência psicológica e negligência. 80% são do sexo feminino e 46% têm entre 0 e 12 anos de idade.

O espaço é humanizado e ambientado com borboletas coloridas, que simbolizam o rompimento de um ciclo para a liberdade. No local, há uma sala especialmente dedicada à crianças e adolescentes filhos das vítimas de violência. O equipamento público de saúde é uma política do governo municipal.

As pessoas que chegam à Casa Rosa são encaminhadas pelos diversos serviços da rede pública: assistência social, escolas, saúde e também pelos serviços da rede de proteção (Ministério Público, Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente, Conselhos Tutelares), além de receber demandas espontâneas.

Assistência Social

Na área social, uma revolução no cuidado e na atenção com os lidadores em situação de rua. O Abrigo Emergencial Transitório, hoje Abrigo 1, tem transformado vidas. Desde a sua implantação, há dois anos, mais de mil pessoas foram atendidas e encaminhados para cursos de qualificação profissional, para o mercado de trabalho e ressignificaram o relacionamento com a família.

O Programa Vix+ Cidadania é outro exemplo de avanço na área social. Com ele, a capital do Espírito Santo é a primeira a erradicar a extrema pobreza. Mais de 5,5 mil famílias abaixo da linha da pobreza foram cadastradas e agora recebem benefício por membro da família, no valor de R$ 119,00, por meio de um cartão do tipo vale-alimentação, que confere mais segurança alimentar e autonomia aos munícipes.

Dignidade

Vitória também vem realizando o maior programa de regularização fundiária da história do município. Até o momento, já entregou mais de 3 mil escrituras de imóveis. Algumas famílias já aguardavam por isso há 50 anos. Além disso, a atual gestão já entregou 167 residências.

O Programa Casa Feliz e Segura realiza obras de melhorias habitacionais e reforma em residências e concede geladeira, fogão e aparelho de tv para as famílias cadastradas. O programa tem 1.500 munícipes cadastrados.

Qualificação profissional

Vitória foi a cidade que mais gerou empregos em 2023, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), é também a que mais tem investido em qualificação profissional. Em fevereiro, a PMV anunciou a realização de novos 39 cursos profissionalizantes gratuitos, contratados junto ao Senai e ao Senac.

Trata-se do Projeto Futuro Brilhante, que tem um importante diferencial: os alunos receberão vale-transporte para acesso às aulas. Serão ofertadas 1.324 novas oportunidades em cursos inéditos, como os de Confecção de Peças Íntimas e Confecção de Moda Praia, Soldador, NR10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, Cuidador Infantil e Cuidador de Idoso. (Secom/PMV)

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