CIDADE

Colatina interrompe captação no Rio Doce após novas análises.

Captação havia sido retomada após análise positiva, mas foi interrompida.

Em 24/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A captação de água no Rio Doce, em Colatina, na região Noroeste do Espírito Santo, voltou a ser interrompida, por volta das 22h desta segunda-feira (23). Uma última análise realizada por engenheiros do Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear) encontrou uma maior turbidez da água após a chuva.

"Estamos realizando análises constantemente da água do Rio Doce. Devido à chuva, a turbidez ficou mais complexa, gerou uma instabilidade da turbidez. Nosso procedimento é o seguinte: a gente trata um pouco da água, faz o teste e analisa se é possível continuar o tratamento. Ontem, a água parou no processo da análise", explicou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Colatina.

Ainda segundo a prefeitura, os engenheiros e técnicos do Sanear realizam análises constantes do material e apenas prosseguem com o abastecimento quando há certeza da qualidade da água. "Hoje nós vamos fazer outras análises para ver se é possível liberar, estamos esperando também algumas análises de laboratórios particulares", concluiu.

Desde a aproximação da enxurrada de lama vinda de Mariana, em Minas Gerais, à 0h da quarta-feira (18), o abastecimento de água foi suspenso no município. A captação de água pelo Rio Doce havia retomado após o resultado positivo da análise feita pelo laboratório Tommasi.

A lama de rejeitos de minério que vazou da barragem da Samarco - cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP Billiton - chegou ao mar neste domingo (22), após passar pelo trecho do Rio Doce no distrito de Regência, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, segundo o Serviço Geológico do Brasil.

Municípios afetados
Desde o rompimento da barragem, no dia 5 de novembro, a onda de rejeitos seguiu pelo Rio Doce e atingiu três municípios capixabas: Linhares, que não usa as águas do Rio Doce para abastecimento da cidade; Baixo Guandu, que passou a usar as águas do Rio Guandu; e Colatina, que tinha o rio como única fonte de captação e havia suspendido o uso da água.

Fonte: G1