ECONOMIA CAPIXABA
Comércio exterior capixaba cresceu 13,3% no mês de outubro
O comércio exterior do Espírito Santo registrou um dos desempenhos mais expressivos do ano.
Em 26/11/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Foto: Envato/Divulgação/(By Connect Fecomércio-ES)
Corrente de comércio do Espírito Santo foi de US$ 2,33 bilhões, ou seja, R$ 12,37 bilhões. A importação aumentou 19,2% e a exportação, 7,2%. O crescimento ocorreu na comparação com setembro.
O comércio exterior do Espírito Santo registrou um dos desempenhos mais expressivos do ano. A corrente de comércio capixaba avançou 13,3% em outubro, alcançando US$ 2,33 bilhões, ou seja, R$ 12,37 bilhões). No mês, as importações avançaram 19,2%, alcançando US$ 1,25 bilhão, enquanto as exportações somaram US$ 1,07 bilhão, incremento de 7,2% frente a setembro. O resultado reflete a diversificação de mercados e o avanço consistente de produtos de maior valor agregado.
As análises são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), em parceria com o Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), com base nos dados do Comex Stat, sistema oficial para extração das estatísticas do comércio exterior brasileiro de bens.
Segundo André Spalenza, coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES, a movimentação do comércio exterior capixaba evidencia ainda um ambiente econômico mais ativo e competitivo.
“Outubro mostrou um vigor renovado da economia capixaba, com os setores exportador e importador respondendo positivamente às oportunidades do mercado internacional.”
Na comparação interanual, o destaque veio das exportações, que cresceram 17,9% ao avaliar outubro de 2024 e o mesmo mês de 2025. As importações também aumentaram, mas em ritmo mais moderado (5,3%).
“O aumento mais robusto das exportações mostra que o Espírito Santo amplia sua competitividade e ganha espaço em mercados mais exigentes, especialmente no eixo asiático.”
No acumulado de janeiro a outubro, o déficit da balança comercial capixaba diminuiu 10,5%, passando de US$ 3,12 bilhões para US$ 2,79 bilhões, resultado que indica um cenário mais equilibrado, com importações crescendo menos que exportações.
O levantamento também mostrou que o avanço da pauta capixaba esteve diretamente ligado à diversificação de mercados. Em outubro, Singapura manteve a liderança entre os destinos das exportações, com 25% do total, seguida por Estados Unidos (19%), Coreia do Sul (8%), China (5%), Argentina (4%) e Turquia (3%). Os demais países representaram 36% das vendas externas, o que demonstra a abrangência geográfica da pauta capixaba.
No lado das importações, a China segue líder absoluta, responsável por 35% do total comprado pelo estado em outubro. Em seguida aparecem Argentina (15%), Estados Unidos (14%), Alemanha (4%), Austrália (3%) e Tailândia (3%). A predominância de países asiáticos e industrializados indica a forte demanda capixaba por insumos, máquinas, equipamentos e veículos.
“O perfil das importações sinaliza um parque produtivo em expansão, que depende de tecnologia e equipamentos para acelerar sua competitividade.”
Os termos de troca, que representam a relação entre o preço das exportações e o das importações, também apresentaram desempenho positivo em outubro, com alta de 3,5% em relação a setembro, resultado influenciado pela valorização de 0,3% nos preços das exportações e pela queda de 3,2% nos preços das importações. O resultado indica que os preços das exportações cresceram mais do que os das importações no período, o que sinaliza uma valorização dos produtos capixabas no cenário internacional e reforça a competitividade do estado no comércio exterior.
Os produtos exportados pelo Espírito Santo continuam concentrados em itens de grande peso econômico. Apenas cinco produtos responderam por 75,84% do total exportado em outubro, somando US$ 815 milhões: minério de ferro e seus concentrados (US$ 281 milhões; 26,16% do total), máquinas e equipamentos especializados (US$ 214 milhões; 19,97%), café não torrado (US$ 154 milhões; 14,37%), cal e materiais de construção (US$ 94,3 milhões; 8,78%) e produtos semiacabados de ferro e aço (US$ 70,5 milhões; 6,57%). O destaque do mês foi o crescimento expressivo de máquinas e equipamentos industriais, com aumento de 156,48% em relação a setembro.
“O avanço de itens industriais de maior valor agregado mostra que estamos ampliando nossa sofisticação produtiva.”
Do lado das importações, cinco produtos concentraram 61,99% do total adquirido pelo estado, somando US$ 780 milhões: veículos para transporte de mercadorias (US$ 267 milhões; 21,27% do total), veículos de passageiros (US$ 258 milhões; 20,52%), aeronaves e equipamentos (US$ 127 milhões; 10,09%), carvão (US$ 79,6 milhões; 6,32%) e equipamentos de telecomunicação (US$ 47,8 milhões; 3,79%). O comportamento da pauta importadora indica investimento em logística, transporte e renovação de frota, além de aquisição de tecnologia.
Municípios
Os municípios capixabas também tiveram desempenho significativo em outubro. Aracruz, Anchieta e Vitória lideraram as exportações, somando US$ 639 milhões (55,6% do total). Aracruz permaneceu na dianteira, com US$ 283 milhões (24,7%), impulsionada principalmente por reatores nucleares, máquinas e equipamentos mecânicos, responsáveis por 78,7% das vendas locais. Anchieta registrou US$ 192 milhões (16,7% das exportações capixabas), com 100% dos produtos focados em minérios, escórias e cinzas. Vitória completou o trio, com US$ 163 milhões (14,2%), também com predominância desse grupo de produtos.
Nas importações, Cariacica, Serra e Vitória concentraram 85,4% do total adquirido pelo estado, somando US$ 1,07 bilhão. Cariacica liderou com ampla vantagem, movimentando US$ 643 milhões (51,1%), sobretudo com a compra de veículos automotores, tratores e peças (83,9% do total). Serra registrou US$ 220 milhões (17,5%), impulsionada pela aquisição de combustíveis e óleos minerais (34,9%). Vitória importou US$ 211 milhões (16,8%), com forte participação de aeronaves e suas partes (57,7%).
“O Espírito Santo consolida uma posição estratégica no cenário internacional. Estamos vendo crescimento e diversificação, com uma capacidade de competir em produtos de alto valor”, concluiu Spalenza. (Por Kelly Kalle/AsImp/C2)
Pesquisa:
A pesquisa completa, com os dados detalhados, pode ser acessada no LINK
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