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Comida delivery é um bom negócio no ES

Os serviços delivery já viraram hábito e, além de crescer, também estão se tornando uma tendência no mercado de alimentação.

Em 12/12/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Com a correria do dia a dia e cada vez menos tempo para resolver todas as atividades planejadas, muitos brasileiros tem deixado de comer fora e passaram a pedir comida em casa ou no trabalho. Os serviços delivery já viraram hábito e, além de crescer, também estão se tornando uma tendência no mercado de alimentação. Entre os capixabas, 17,4% das empresas do segmento de fornecimento de alimentos foram atendidas pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae ES). E, segundo o Cadastro Sebrae de Empresas (CSE), esse costume supera a margem nacional de 142%, no período de 2007 a 2012. No mesmo período, o número de empresas fornecedoras de alimentos no Estado chegou a 268%.

O total de pequenos negócios que fornecem alimentos preparados para consumo domiciliar no Brasil cresceu mais de 18 vezes em cinco anos. Ainda de acordo com o CSE, em 2007, havia pouco mais de três mil pequenos negócios ligados ao mercado de entregas de comida em todo o país. Já em 2012 esse número saltou para 57.725. No Espírito Santo, esse índice foi de 4990%, registrando um salto de 29 empreendimentos contabilizados em 2007 para as 1.476 empresas registradas em 2012. Esse aumento expressivo deve-se principalmente pela atuação dos Microempreendedores Individuais (MEI), alavancada a partir de 2009.

De acordo com a analista da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae ES, Silvia Anchieta de Paula, a comodidade é o ponto principal desse tipo de serviço. Apesar de cada empresa buscar seu diferencial, o tempo e a tranquilidade são os fatores que mais pesam na hora da escolha entre sair para comer e pedir entrega de comida em casa ou no local de trabalho. “A praticidade, o conforto e a rapidez de realizar uma refeição tranquilamente e sem precisar entrar em filas ou mesmo ficar preso no trânsito, dão aos serviços delivery um destaque extra para estar à frente no mercado alimentício. Mas é importante ressaltar que o empreendedor deve cumprir as normas da vigilância sanitária, tendo em vista a preocupação com a qualidade e a higiene no manuseio dos produtos e o processamento dos alimentos. Esse é outro ponto que o Sebrae também orienta aos empresários”, ressalta Silvia.

No contexto do mercado de alimentação, há uma fatia que inclui cerca de 50 mil profissionais de diferentes tipos de serviços, como confeiteiros, salgadeiras, churrasqueiros, cozinheiros ou doceiras que se formalizaram como MEI e começaram a emitir nota fiscal e realizar vendas com máquinas de cartão de crédito. Com a formalização, o MEI passa a ter condições de participar de licitações públicas, ter acesso mais fácil a empréstimos, além de ter direito a benefícios trabalhistas como aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade.

Em 2006, o município de Vila Velha viu nascer a Chef Galles, empresa de soluções em alimentação, que surgiu através da paixão pela culinária, do desejo e da necessidade de constituir o próprio negócio que o empresário Paulo Henrique Teodoro de Oliveira tinha. Apesar do grau de relevância e de alcance que a internet possuía na época não serem tão amplos quanto hoje, Paulo Henrique lembra que mesmo com espírito empreendedor, uma boa ideia precisa de mais que iniciativa para dar certo.

“O objetivo era fornecer comida congelada via internet. Isso ocorreu há oito anos, só que em 2006 a internet não era vista como hoje. E, muito menos, era acessível a todos como está atualmente. Então, o negócio não deu certo. Passamos então para a Serra, onde abrimos nossa sede, visando um público maior, pensando no cliente individual, que consome uma porção de 200 a 300 gramas de alimento, em média. E também ao coletivo, fornecendo o alimento em hospitais, empresas, a números maiores de pessoas, assim como hotéis e lojas de conveniência”.

A trajetória do empreendedor o levou a buscar a consultoria do Sebrae ES. O empresário ressalta que com pequenas mudanças, conseguiu obter sucesso e expandir a empresa para São Paulo. Atualmente, tem a fábrica no Espírito Santo, mas a loja fica em São Paulo. A Chef Galles, continua com a mesma prestação de serviço mas agora de maneira delivery, seja por telefone, internet, atendimento ao cliente individual, assim como o coletivo. O foco permanece o mesmo: “a alimentação é servida congelada”, frisa Paulo Henrique.

Sobre a importância dos serviços delivery, o empresário destaca que a demanda está diretamente ligada às condições da vida moderna. “A grande maioria não almoça mais em casa hoje. Com a questão do trânsito, dos compromissos que acabam tomando conta do nosso dia, não temos mais tempo para cozinhar. A importância do delivery é a praticidade! Você não tem mais tempo como antes. A vida moderna não permite que você fique horas na cozinha, por isso, o delivery é mais acessível, prático e útil”.

O empresário lembra que, no momento mais difícil de seu empreendimento, procurou o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae ES) para receber orientação e essa orientação é fundamental para quem deseja abrir e manter o próprio negócio. “O Sebrae é um facilitador. É uma ferramenta importante para o Micro Empreendedor, para aqueles que buscam consultoria”, afirma Paulo Henrique.

Fonte: Sebrae/ES