NEGÓCIOS
Como negociar o aluguel de um escritório.
O problema maior é quando o local em que o escritório já está se mostra ideal.
Em 27/06/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O aluguel de escritório é uma das principais dificuldades de uma empresa e um dos momentos de maior preocupação é na hora de negociar reajustes. Na maioria das vezes, é uma verdadeira queda de braço, que ocasiona grande desgaste entre inquilino e locador.
O problema maior é quando o local em que o escritório já está se mostra ideal. Ter que se mudar devido a um não acordo no reajuste pode ser uma grande dor de cabeça para a empresa.
Contudo, existem técnicas que fazem com que essa negociação seja mais simples. Confira:
Utilize o momento
O momento econômico pelo qual passamos pode ser um fator de apoio na hora de negociar. Enfrentamos uma crise e, consequentemente, queda na renda dos locatários. Poucas empresas estão alugando e a oferta do setor é maior. Isso faz com que os proprietários estejam mais pressionados e cedendo mais, não querem perder renda. Ter um imóvel desocupado, é deixar de ganhar, e ainda ter gastos extras, como condomínio, IPTU e manutenção.
Tenha dados em mãos
Informação vale muito. Assim faça uma pesquisa do mercado nas proximidades, levante os atuais custos de aluguéis e tenha em mão opções para negociação. Com isso, você terá poder de negociação e de argumentação, além de embasar suas propostas em fatores reais e possíveis de serem aceitos. Uma boa ferramenta nessa hora é a internet, existindo diversos sites especializados em locação. Outro ponto é conversar com outros inquilinos e porteiros da proximidade.
Se valorize
Vá para uma negociação tendo em mente que você proporciona diversos benefícios ao locador, como o fato de pagar em dia, já ter fiador, ter um histórico de pagamento positivo, etc. Bons pagadores são os sonhos dos locadores. Também valorize sua capacidade de manutenção do espaço. Mais uma vez, informação é importante. Leve fotos do local e boletos de pagamento.
Foque no real
Muitos inquilinos inventam argumentos para redução dos valores, como demissões, tragédias, ou mesmo fazem ameaças. Isso pode não ser positivo. Fale sobre a situação real, argumentando que não existe possibilidade de aumentos por causa do momento do mercado, que está estagnado. Também evite chantagem, busque uma negociação saudável até o limite do bom senso, sem que nenhuma relação saia estremecida. Muitas vezes é preferível deixar o local a se desgastar.
Não conseguiu?
Tentou de tudo e não conseguiu melhorias? Muitas vezes uma mudança pode ser o caminho. Por mais que a ideia possa parecer assustadora, sair do lugar antigo pode ser o melhor. Aproveite a pesquisa que já realizou e, caso os custos se mostrem ainda altos para a realidade, uma ideia pode ser buscar algo nos bairros mais distantes.
Uma boa alternativa é partir para um espaço de escritório compartilhado, ou coworking, que vem se mostrando uma tendência de mercado. Muitas empresas estão partindo para esses espaços pela redução de mais de 40% dos custos frente a um escritório comum. A opção pode ser por um período predeterminado, enquanto a empresa se estrutura, ou duradoura, caso perceba reais benefícios.
Leve em consideração, no entanto, que, tratando-se de um bom imóvel, pode valer a pena ficar onde está. Tente, assim, negociar pelo menos um não reajuste, mantendo o aluguel no mesmo preço que paga atualmente.
Fernando Bottura – executivo e fundador da GoWork (www.gowork.com.br), mantém em São Paulo nove unidades de escritórios compartilhados