ECONOMIA CAPIXABA

Comércio registra terceira queda consecutiva no volume de vendas.

Desemprego e dificuldade de acesso ao crédito são apontados como os principais motivos.

Em 22/11/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, revelou a terceira queda consecutiva no volume de vendas do comércio varejista capixaba em setembro, com uma variação negativa de 1,3% em relação a agosto. No Brasil, o volume de vendas também apresentou recuo de 1% em relação ao mês anterior. Em comparação com o mesmo mês no ano passado a queda no Espírito Santo foi de 12,6%.

O comércio capixaba acumula uma retração de 11,4% em relação aos primeiros nove meses do ano em comparação com o mesmo período de 2015.

Os resultados de setembro mostram que, apesar de um ambiente de expectativas mais favorável, o comércio segue enfrentando dificuldades: “Os fatores que levam a esse cenário ainda são os mesmos: inflação e deterioração do mercado de trabalho”, resume o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), José Lino Sepulcri

Desempenho por atividades

Todas as atividades apresentaram queda no volume de vendas em outubro na comparação com o mesmo mês do ano de 2015. A exceção continua sendo os produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, que tiveram um incremento de 1,7% nas vendas em relação a outubro de 2015. Os maiores recuos nessa comparação são as vendas de Eletrodomésticos (-38,8%) e Móveis (-28,7%).

No comércio varejista ampliado, que incorpora os setores de veículos, motocicletas, partes e peças e materiais de construção, o recuo das vendas no comércio capixaba em setembro foi de 15,4% em relação ao mesmo mês de 2015. Já para as vendas dos materiais de construção a retração foi de 12,1%.

Para Ilson Xavier Bozi, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Material de Construção da Grande Vitória (SINDIMAT), são vários os fatores que influenciam no cenário atual. O alto desemprego, a dificuldade de acesso ao crédito, o descontrole das contas públicas e os altos juros são apenas alguns dos pontos que influenciam para que o consumidor compre menos, principalmente nos segmentos de bens duráveis, como materiais de construção, móveis e eletrodomésticos: “A melhora do cenário de vendas do varejo em geral depende principalmente do controle das contas públicas por parte do governo”, declara.

Fonte: Fecomércio ES