CIÊNCIA & TECNOLOGIA
Conexão 4G dos celulares chegará às cidades de 30 mil habitantes até 2017.
Em junho de 2012, a Anatel realizou leilão da faixa de 2,5 GHz.
Em 20/10/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A quarta geração de telefonia móvel, mais conhecida por 4G, deverá estar disponível em todos os municípios com até 30 mil habitantes até 2017. Essa foi uma obrigação assumida pelas empresas que participaram do leilão da faixa de 2,5 GHz em 2012, o primeiro para bandas de frequência voltadas à prestação de serviços de quarta geração, destaca a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
As empresas que venceram o leilão assumiram algumas obrigações, entre elas, que, até dezembro deste ano, todas as cidades com até 200 mil habitantes devem contar com a nova tecnologia. Essa progressão da cobertura se encerra nos próximos dois anos, com o 4G chegando aos municípios de até 30 mil habitantes.
No ano passado, a Anatel realizou leilão da outra faixa de frequência que será utilizada para prestação do serviço: a de 700 MHz. Ela apresenta características excelentes de propagação e de penetração do sinal. "Nesta faixa de frequência, você alcança uma distância três vezes maior do que no 2,5 GHz, o que é fundamental para a expansão da tecnologia no Brasil", explica o diretor do departamento de banda larga do Ministério das Comunicações, Artur Coimbra. Parte dessa frequência só poderá ser utilizada pelas empresas vencedoras do leilão – Claro, Tim e Vivo – após o desligamento da TV analógica, que acontece progressivamente até 2018.
Com a limpeza da faixa, a expansão da cobertura e a progressiva queda no preço dos aparelhos, o 4G deve alcançar números ainda mais expressivos no Brasil. "Em quatro ou cinco anos, o número de acessos 4G deve superar o de 3G e nós teremos acesso a aplicativos mais sofisticados, robustos e, o melhor, com mobilidade", destaca Coimbra.
Diferenças
Parte da lentidão nas conexões dos brasileiros acontece porque, aqui, a grande maioria do acesso à banda larga móvel ainda se dá pela tecnologia WCDMA, também conhecida como 3G. Dados do Ministério das Comunicações apontam que, em julho deste ano, dos 182,82 milhões de acessos móveis registrados no País, 168,1 milhões usaram uma conexão 3G. Os outros 14,65 milhões já experimentam o 4G, que proporciona uma conexão com mais velocidade e melhor desempenho de navegação.
Artur Coimbra explica que a tecnologia LTE, que permite acesso ao 4G, é a evolução do WCDMA, padrão mais popular no Brasil para o acesso na terceira geração. A tecnologia LTE (Long Term Evolution) foi toda estruturada para priorizar o tráfego de dados. Por isso, o grande diferencial da quarta geração é a velocidade de conexão. No 4G, ela pode chegar a 100 megabits por segundo (Mbps), enquanto que um usuário de 3G alcança, no máximo, 21 Mbps.
Testes realizados pela Universidade de São Paulo apontam que, na prática, isso significa que um usuário de 4G tem conexão suficiente para baixar um filme de 1h30 em 2 minutos. No 3G seria preciso esperar seis vezes mais.
Fonte: Ministério das Comunicações