ECONOMIA NACIONAL

Confiança do consumidor cai em junho, pelo 6º mês seguido.

A piora da confiança do consumidor acontece em meio ao cenário de retração da economia.

Em 10/06/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A confiança do consumidor brasileiro voltou a cair em junho, mostrando recuo em todos os meses deste ano, com forte deterioração da percepção das condições atuais, mas mostrando leve melhora nas expectativas econômicas, segundo o índice Thomson Reuters/Ipsos divulgado nesta quarta-feira (10).

O Índice Primário de Sentimento do Consumidor (PCSI, na sigla em inglês), elaborado pela Thomson Reuters/Ipsos, recuou para 40,1 em junho, ante leitura de 42,2 em maio. O índice acumula queda de quase dez pontos desde dezembro, quando a leitura foi de 49,8.

A piora da confiança do consumidor acontece em meio ao cenário de retração da economia, maior desemprego e juros elevados para conter a inflação persistentemente alta.

Em maio, o IPCA subiu 0,74 por cento, chegando a 8,47 por cento em 12 meses, mesmo após as repetidas altas da taxa básica de juros, hoje em 13,75 por cento ao ano. Economistas de instituições financeiras estimam que a economia do país vai encolher mais de 1 por cento este ano, segundo a mais recente pesquisa Focus do Banco Central.

A percepção das condições atuais, que havia mostrado melhora em maio, teve forte queda neste mês pelo índice da Thomson Reuters/Ipsos, passando a 27,3, ante 31,0 no mês passado.

Outro dado que mostrou piora e influenciou a queda do índice geral no mês foi a percepção em relação ao mercado de trabalho, que recuou pelo quarto mês seguido, para 35,3 após leitura de 36,8 em maio.

O componente de investimento também voltou a cair em junho, para 37,8, após ter subido para 41,2 em maio.

A expectativa econômica, por outro lado, mostrou ligeira melhora, com leitura de 62,9 este mês, diante de 62,4 em maio.

No fim do mês passado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), também mostrou deterioração, caindo 0,6 por cento sobre abril.

Reuters