POLÍTICA INTERNACIONAL

Congresso dos EUA aprova lei que afasta ameaça de calote da dívida

Senado aprovou a medida por 64 votos a favor e 35 votos contra.

Em 30/10/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conseguiu que o Congresso norte-americano aprovasse na madrugada desta sexta-feira (30) legislação que afasta a ameaça de um calote da dívida pública até o fim de seu mandato e um projeto orçamentário que alivia limites de gastos até setembro de 2017.

O Senado aprovou a medida por 64 votos a favor e 35 votos contra. O projeto foi negociado ao longos das últimas semanas pela Casa Branca e por líderes parlamentares, incluindo John Boehner, que renunciou recentemente à presidência da Câmara.

O aumento do teto da dívida, que encontrou forte oposição de grande parte da bancada republicana, tanto no Senado como na Câmara, evitará que os Estados Unidos entrem em uma possível moratória na semana que vem, quando vencerá o atual limite no dia 3 de novembro.

Além disso, o acordo contempla um aumento dos gastos domésticos e militares, cortes no longo prazo em programas sociais como o Medicare para os idosos, as pensões por incapacidade e a previdência social.

Para evitar um caso de "filibuster", quando um senador pode manter a palavra durante horas, sem interrupção, para atrasar indefinidamente uma votação, o Senado aprovou à 1h local de hoje (3h de Brasília), em um voto de procedimento, uma medida extraordinária conhecida como "cloture", que limita o tempo de debate.

O "cloture", que contou com o apoio de 63 senadores, quando o mínimo para ser aprovado eram 60, impediu que, por exemplo, o senador por Kentucky e pré-candidato republicano à Casa Branca, Rand Paul, pudesse fazer um de seus famosos "filibusters", já que limitou seu discurso para uma hora no máximo.

Passada uma hora do discurso ininterrupto de Paul, que decidiu continuar falando apesar do "cloture", o plenário do Senado votou e aprovou a proposta de orçamento para os dois próximos exercícios, que agora deverá ser assinada pelo presidente Barack Obama.