ECONOMIA NACIONAL
Consumo doméstico cresce 3,04% em 2021, mostra pesquisa
Na comparação entre dezembro e novembro de 2021, consumo real registrou alta de 22,47%
Em 10/02/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Segundo a Abras, os indicadores já foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O consumo nos lares brasileiros manteve trajetória positiva de crescimento e encerrou 2021 com alta acumulada de 3,04%. O índice é monitorado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e foi divulgado nesta quinta-feira (10) em entrevista online.
Em dezembro do ano passado, o consumo doméstico subiu 4,27% em relação ao mesmo período anterior. Na comparação entre dezembro e novembro de 2021, o consumo real foi mais acentuado e registrou alta de 22,47%.
Segundo a Abras, os indicadores já foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O monitoramento mensal do consumo nos lares Abras abrange todos os formatos operados pelo setor supermercadista, como lojas de vizinhança, minimercados, supermercados, hipermercados, atacarejos e e-commerce (comércio eletrônico).
Expectativa
De acordo com o vice-presidente institucional da Abras, Marcio Milan, para 2022, espera-se crescimento de 2,8% no setor. “Esperamos manter esse crescimento em função da Renda Brasil, que vai se estender por todo o ano, com valor constante, e com maior quantidade de pessoas no consumo. Outro ponto é a sinalização de baixas [nos valores] de alguns produtos, um fator positivo”, disse Milan.
Ele destacou ainda a recuperação dos dissídios coletivos, que vai influenciar na retomada do setor.
“E, quando olhamos o mês de janeiro, o IPCA é 0,54%, é sinalização, é indicativo de que haverá redução da inflação”, acrescentou.
Para Milan, o resultado do ano passado foi positivo por causa da mudança nos hábitos de compra do consumidor, cuja renda ficou menor devido à pandemia de covid-19.
“Os supermercados entenderam o cenário macroeconômico, a mudança nos hábitos de compra do consumidor e, prontamente, buscaram junto aos fornecedores opções de marcas e de tamanhos de embalagem, além de fazer muita ação promocional no segundo semestre, para atender a um consumidor com renda mais restrita.”
Milan ressaltou que os consumidores optaram por marcas mais baratas em 2021 e disse acreditar que se mantenha neste ano a tendência de substituir produtos mais caros pelos de preço mais baixo. O executivo lembrou que isso começou a ser observado em 2021, quando novas marcas entraram nos supermercados e a preferência do consumidor recaiu sobre produtos mais baratos, “em função do bolso estar mais restrito”.
O consumidor trocou de marca, saindo do produto premium para o médio e do médio para o baixo, explicou Milan. “É a tendência que identificamos e vamos monitorar todos os meses e que deve se manter por um período ainda nos próximos meses,”
Cesta nacional
A cesta Abrasmercado encerrou o ano de 2021 com alta acumulada de 10,32%. A cesta nacional, que considera 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK em parceria com a Abras, passou de R$ 635,02 em dezembro de 2020 para R$700,53 em dezembro de 2021.
Os itens que mais encareceram, na comparação com dezembro de 2020, foram café torrado e moído (66,62%), açúcar (39,90%), margarina cremosa (31,33%) extrato de tomate (28,37%) e frango congelado (27,92%). Os produtos que ficaram mais baratos no acumulado do ano foram batata (-28,73%), arroz (-17,72%), pernil (-9,12%) e feijão (-2,47%).
Desempenho regional
Na análise regional do desempenho das cestas, a Região Nordeste teve a maior variação no acumulado do ano, com alta de 14,51%. Em seguida, veio a Região Sul, que fechou o ano com alta acumulada de 11,78%.
Nas demais regiões, as variações acumuladas no ano foram, respectivamente, de 9,13% no Sudeste; de 9,02% no Norte; e de 7,44% no Centro-Oeste. (Por Ludmilla Souza/Agência Brasil)
Segundo a Abras, os indicadores já foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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