Corinthians empata com o Nacional-URU e está fora da Libertadores.

O Corinthians está fora da Taça Libertadores. Precoce? Sim. Injusto? Não. Pelo que apresentou nas duas partidas contra o Nacional, do Uruguai, o Timão mereceu ser eliminado nas oitavas de final da competição sul-americana. O empate por 2 a 2 na noite desta quarta-feira, na Arena Corinthians, aliado ao 0 a 0 em Montevidéu fez o time do técnico Tite não conseguir superar a raça uruguaia e dar adeus ao torneio. Agora, o Alvinegro tem cinco eliminações em jogos eliminatórias em seu estádio.

AMARGA ROTINA

A Arena Corinthians está se tornando um trauma para o corintiano em jogos decisivos. Nesta quarta-feira, o time comandado por Tite amargou a quinta eliminação no estádio. Há duas semanas, o Audax já havia tirado o Timão do Paulistão em Itaquera. Antes disso, o Guarani, do Paraguai, realizou o mesmo feito pela Libertadores de 2015. Na mesma temporada, o Santos, pela Copa do Brasil, e o Palmeiras, nas semifinais do Paulista, também eliminaram a equipe alvinegra no local. 

OS 90 MINUTOS

O jogo foi “pegado”. Para evitar a pressão do Corinthians, o Nacional adiantou a marcação e surpreendeu. Logo aos cinco, Nico López mostrou oportunismo na área adversária e abriu o placar. A resposta foi rápida. Lucca empatou na sequência.

O Corinthians foi melhorando na partida, mas não encontrou espaço. Experientes, os uruguaios souberam aproveitar. Logo aos 11 do segundo tempo, o Timão errou na defesa, o ataque visitante soube tocar rápido, Fernández obrigou Cássio a fazer boa defesa, mas o goleiro não conseguiu pegar a finalização de Romero.

O fim de jogo ainda foi emocionante. Aos 37, André sofreu pênalti, mas cobrou tão mal que o goleiro Conde encaixou a bola. Nos acréscimos, o árbitro marcou mais um pênalti para o Timão. Desta vez, Marquinhos Gabriel fez. Romero ainda teve a chance de virar no lance seguinte, mas não aproveitou: 2 a 2, e Nacional classificado.

ÚBLICO FIEL

A torcida fez a sua parte. A noite foi de recorde na Arena Corinthians: 43.098 pagantes, com a renda de R$ 2.888.299,00. Ao longo dos 90 minutos, a Fiel mostrou apoio, não parou de cantar mesmo com a equipe atrás do placar, mas não foi o suficiente para evitar a queda na competição continental.

PUNIÇÃO, FIEL?

O início do jogo foi retardado por causa da fumaça causada pelos sinalizadores acesos no setor das torcidas organizadas. Mesmo com a bola rolando, a fumaça ainda incomodava. No intervalo, a ação foi repetida. Responsável pela segurança na Federação Paulista de Futebol, Coronel Marinho registrou o ocorrido. O clube pode ser punido. 

CALMA, JUIZÃO!

O argentino Néstor Pitana teve uma noite difícil em Itaquera. O jogo foi “pegado” desde os primeiros minutos. Foram sete cartões amarelos para os jogadores do Nacional. Fagner, do Corinthians, foi expulso no fim do jogo. Mas o árbitro ganhou destaque quando marcou o primeiro pênalti para o Timão. Quando André foi derrubado dentro da área, o juizão foi sinalizar a infração, mas acabou escorregando. Pênalti nele também?

PÊNALTIS, SEMPRE ELES

O Corinthians voltou a se dar mal com pênalti. Marquinhos Gabriel, que estreou nesta quarta-feira, empatou a partida com uma boa cobrança, mas o gol poderia ter sido da virada. Isso porque André, alguns minutos antes, teve chance semelhante. Com o apoio da torcida, correu para bola e bateu tão mal que o goleiro Conde encaixou.  

COMO FICA?

Classificado às quartas de final, o Nacional espera o vencedor do confronto entre Boca Juniors e Cerro Porteño. Os argentinos venceram a primeira partida, por 2 a 1, fora de casa. A volta será nesta quinta-feira, na Bombonera. O Corinthians volta a campo só no dia 15 de maio, quando estreia no Campeonato Brasileiro contra o Grêmio. 

AH ROMERO...

O paraguaio tinha a chance de se afirmar como xodó da Fiel. Quando a eliminação parecia certa, o Corinthians teve um pênalti a seu favor nos acréscimos e empatou com Marquinhos Gabriel. No lance seguinte, já no último minuto da partida, Danilo encontrou Romero na pequena área, fez o cruzamento, mas o atacante errou a finalização. Que chance!

Fonte: GE