ECONOMIA NACIONAL

Corte na Selic dá alento e mostra direção certa do governo

Ministro Fernando Haddad ressaltou ressaltou o diálogo entre o governo e o Banco Central.

Em 03/08/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que a diminuição dos juros básicos é fruto do diálogo entre o governo e o Banco Central, que passou a operar em regime de autonomia desde 2021.

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O corte de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic, juros básicos da economia, representa um alívio para a economia brasileira e mostra que o governo está na direção certa, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no começo da noite desta quarta-feira (2).

Segundo o ministro, a redução de 13,75% para 13,25% ao ano ajudará nas contas públicas pelo lado da arrecadação.

“Isso dá um alento, porque estávamos vendo uma queda importante na arrecadação”, declarou Haddad.

O ministro ressaltou que a diminuição dos juros básicos é fruto do diálogo entre o governo e o Banco Central, que passou a operar em regime de autonomia desde 2021. Haddad afirmou que as conversas com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sempre ocorreram de forma “mais elevada possível" e que o voto de desempate dado por ele a favor da redução de 0,5 ponto foi “importante” e baseado em dados econômicos.

"É um voto técnico, qualificado, à luz do que ele conhece de economia. O fato de estarmos alinhados hoje não significa uma situação de concessão ao governo. Tenho certeza de que o voto dele foi balizado em análises técnicas", disse Haddad.

O ministro relatou ter enviado uma mensagem a Campos Neto após a reunião do Copom prometendo trabalhar cada vez mais em “harmonia” com a autoridade monetária. Haddad também informou que comunicará a decisão do BC ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Desafios

Após o primeiro corte nos juros básicos em três anos, Haddad ressaltou o comprometimento do governo com o controle das contas públicas.

“A redução da Selic vai ajudar muito nas expectativas. Não estamos facilitando em nada o combate à inflação. Temos compromisso com a responsabilidade fiscal e o ajuste que está sendo feito”, destacou.

O ministro disse ter saído “otimista” com a decisão do Copom e ressaltou que o governo está empenhado em aprovar no Congresso o novo arcabouço fiscal e os demais temas da agenda econômica. O ministro reiterou o pedido de trabalhar em coordenação com os Poderes Legislativo e Judiciário.

“Temos muitos desafios e o comunicado do Copom deixa claro isso. Vamos aguardar os desdobramentos do trabalho junto ao Congresso e ao Judiciário. Saio otimista hoje”, disse Haddad.

Haddad disse também que o governo vai continuar no mesmo caminho para sair de dez anos de conflito para dez anos de congraçamento. Ano que vem será muito desafiador. Temos um desafio fiscal importante: zerar o déficit primário. (Por Wellton Máximo – da Agência Brasil) 

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