SAÚDE
Cresce em 50% o número de gestantes acompanhadas no Bolsa Família.
Em todo o Brasil, houve um incremento de 124.908 gestantes atendidas na área da saúde do programa.
Em 24/09/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O número de gestantes cadastradas no Programa Bolsa Família (PBF) e acompanhadas pelo Ministério da Saúde cresceu em 50% no primeiro semestre de 2016, comparando com os últimos seis meses do ano passado. O aumento de 124.098 mães ocorreu após a integração, desde abril, do Sisprenatal - sistema desenvolvido para o acompanhamento das gestantes inseridas no Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN) - com o Sistema de Gestão do Programa Bolsa Família na Saúde.
Do total estimado de gestantes no Bolsa Família em todo o Brasil (484.182), 76% já foram identificadas (371.350). Entre as regiões, Centro-Oeste, Norte e Sul se destacaram com aumento de 79%, 60% e 60%, respectivamente. Em números absolutos, o Nordeste (159.264) e Sudeste (105.813) apresentaram o maior quantitativo de mães atendidas na área da saúde do programa, o que representa 44% e 48% de crescimento em comparação com o segundo semestre do ano passado.
“Além de poder acompanhar de perto essas gestantes, cadastradas no Bolsa Família, esse dado se torna importante, também, na articulação de ações que visam a redução da mortalidade materna e infantil. Mesmo com este incremento, faz-se necessário ampliar os esforços, pelos estados e municípios, para captação de gestantes potencialmente beneficiárias”, destacou o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco de Assis Figueiredo.
O aumento no número de gestantes acompanhadas foi resultado do esforço das áreas de Alimentação e Nutrição, Saúde da Mulher e do Datasus, do Ministério da Saúde. A união desses dados contribuiu para a maior localização de gestantes do PBF para concessão do Benefício Variável Gestante (BVG), que consiste no pagamento, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, de nove parcelas no valor de R$ 35 para a grávida. O benefício pode ser solicitado assim que a mulher iniciar o acompanhamento com a equipe de atenção básica de saúde no município.
Além disso, o maior acompanhamento a essas gestantes proporcionam um pré-natal qualificado, com prevenção e/ou detecção precoce de doenças, tanto maternas como da criança, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. O Ministério da Saúde recomenda que informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais de saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação.
REDE CEGONHA - Vale destacar, também, a estratégia do Ministério da Saúde, o Rede Cegonha, que tem acompanhado essas gestantes, incentivando o parto normal humanizado e intensificando a assistência integral à saúde das mulheres e crianças até dois anos na rede pública, acompanhando o pré-natal, o parto e o pós-parto.
Desde 2011, quando a estratégia foi lançada, 4.641.938 gestantes foram cadastradas e atendidas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Os resultados da Razão de Mortalidade Materna apontam para um decréscimo no período de 2009-2013 com taxa de redução de 3,9% ao ano. Esses avanços podem estar relacionados à implantação de programas e políticas públicas de atenção às mulheres.
BOLSA FAMÍLIA NA SAÚDE - Considerando a atenção básica como principal porta de entrada do cidadão aos serviços, o Ministério da Saúde tem o objetivo de garantir acesso ao direito à saúde às famílias inscritas no programa Bolsa Família. As condicionalidades de saúde acompanhadas pela pasta compreendem a imunização, o crescimento e o desenvolvimento de crianças menores de sete anos, da assistência ao pré-natal de gestantes ao puerpério.
O Programa Bolsa Família é um programa federal de transferência de renda com condicionalidades destinadas às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, no qual o recebimento do auxílio está vinculado ao cumprimento de compromissos assumidos pelas famílias e pelo poder público nas áreas de saúde, educação e assistência social.
REGIÃO |
Período - 2º semestre 2015 |
Período - 1º semestre 2016 |
Aumento (%) |
NORDESTE |
110.620 |
159.264 |
43,97% |
SUDESTE |
71.059 |
105.813 |
48,90% |
NORTE |
31.774 |
51.038 |
60,62% |
SUL |
21.165 |
33.994 |
60,61% |
CENTRO-OESTE |
11.824 |
21.241 |
79,64% |
TOTAL |
246.442 |
371.350 |
50,68% |
Fonte: Agência Saúde