SAÚDE
Criança indígena é a 1ª a ser vacinada contra covid em SP
SP realiza uma cerimônia para marcar início da campanha para a faixa etária de 5 a 11 anos
Em 14/01/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O evento é semelhante ao que foi realizado em 17 de janeiro de 2021, quando a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, moradora de Itaquera, com perfil de alto risco para complicações da covid-19, recebeu a Coronavac no braço.
O menino indígena Davi, da etnia Xavante de 8 anos, foi a primeira criança a ser vacinada contra a covid-19 no Estado de São Paulo. O governo paulista realiza na tarde desta sexta-feira, 14, uma cerimônia para marcar o início da campanha para a faixa etária de 5 a 11 anos. A aplicação para o público-alvo em geral, no entanto, só está prevista para começar na capital paulista na próxima segunda-feira, 17
O pai de Davi, cacique chefe da etnia xavante no Mato Grosso, participou da cerimônia por vídeo chamada.
"Que seja tomada a vacina. A vacina temos de tomar. Não esquecer o uso da máscara, o distanciamento. E aí, para a nova geração, será seguro quando voltarem às aulas. Que o resto do Brasil possa fazer essa campanha para que amanhã tenhamos alegria e sorriso. Vacina é importante", disse.
Davi tem uma deficiência motora e, em razão do tratamento, vive em Piracicaba, no interior de São Paulo.
Outras crianças portadoras de deficiência ou com comorbidades também receberam a vacinação de forma simbólica nesta tarde no hospital. O evento é semelhante ao que foi realizado em 17 de janeiro de 2021, quando a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, moradora de Itaquera, com perfil de alto risco para complicações da covid-19, recebeu a Coronavac no braço.
Da mesma forma, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acompanha a vacinação do público infantil. Ele é pré-candidato à presidência da República e tenta mais uma vez antecipar a aplicação no Estado. Já o presidente Jair Bolsonaro, por outro lado, tem se manifestado contra a vacinação infantil e adiou o início da campanha, mesmo após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Primeiro lote chegou ao País nesta quinta-feira
O primeiro lote com 1,2 milhão de doses da Pfizer, a única vacina autorizada para ser aplicada nesta faixa etária até o momento, chegou ao Brasil por volta das 4h45 de quinta-feira, 13. A remessa com 1,2 milhão de doses desembarcou no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (São Paulo). Cerca de 248 mil doses são direcionadas ao Estado paulista. A imunização para a faixa etária de 5 a 11 anos deve ter atendimento preferencial ao público com deficiências, comorbidades, indígenas e quilombolas.
No mesmo dia em que recebeu as vacinas, o Estado de São Paulo abriu o pré-cadastro de crianças dos 5 aos 11 anos para a vacinação contra o coronavírus. Pais e responsáveis podem fazer o registro no portal Vacina Já ().
Na quarta-feira, 12, Doria disse ainda que há expectativa de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprove na próxima semana a aplicação da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, em crianças de 3 a 11 anos.
"Caso isso aconteça, teremos condição de agilizar fortemente a vacinação não só em São Paulo, mas em todo o Brasil", disse.
A capital paulista deve começar a vacinação contra a covid-19 de crianças de 5 a 11 anos a partir da próxima segunda-feira, 17, conforme afirmou o secretário de Saúde, Edson Aparecido, à Rádio Eldorado na quinta-feira. A previsão é que as doses cheguem à capital paulista no fim da tarde desta sexta-feira.
Confira a lista de comorbidades consideradas para o atendimento prioritário na vacinação infantil em São Paulo, que devem ser comprovadas por exames, receitas, relatórios ou prescrições médicas:
- Insuficiência cardíaca
- Cor-pulmonale e hipertensão pulmonar
- Síndromes coronarianas
- Valvopatias
- Miocardiopatias e Pericardiopatias
- Doença da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
- Arritmias cardíacas
- Cardiopatias congênitas
- Próteses valvares Dispositivos cardíacos implantados
- Talassemia
- Síndrome de Down
- Diabetes mellitus
- Pneumopatia crônicas graves
- Hipertensão arterial resistente e de artéria estágio 3
- Hipertensão estágios 1 e 2 com lesão e órgão alvo
- Doença cerebrovascular
- Imunossuprimidos (incluindo pacientes oncológicos)
- Anemia Falciforme
- Obesidade mórbida
- Cirrose hepática
- HIV. (Estadão Conteúdo)
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