ECONOMIA INTERNACIONAL

Crise da Grécia afetará outros países da Zona do Euro, afirma BCE.

Segundo a fonte, um calote da Grécia não significaria automaticamente que os bancos gregos são insolventes.

Em 28/05/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) alertou em um relatório que a crise de dívida da Grécia pode afetar outros países mais frágeis da zona do euro se Atenas não alcançar um acordo financeiro com seus credores internacionais rapidamente.

"As reações do mercado financeiro aos acontecimentos na Grécia têm sido limitadas até agora, mas na ausência de um acordo rápido sobre necessidades de implementação estrutural, a chance de um ajuste para cima no prêmio de risco exigido dos países mais vulneráveis da zona do euro pode se materializar", afirmou o BCE na Revisão da Estabilidade Financeira, que é publicada a cada seis meses.

"As expectativas de um calote têm aumentado fortemente na Grécia em meio à elevada incerteza política", acrescenta o documento.

Ainda assim, o vice-presidente do BCE, Vitor Constâncio, minimizou em entrevista à imprensa os temores dos agentes dos mercados de que a Grécia seja, em última instância, forçada a sair da zona do euro se não conseguir pagar suas dívidas para o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros credores.

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Segundo ele, um calote da Grécia não significaria automaticamente que os bancos gregos são insolventes.

"Não existe uma conexão automática entre um default do governo grego e a solvência dos bancos do país", disse. Constâncio observou que a proporção de bônus soberanos da Grécia no capital total dos bancos é pequena.

O BCE também comentou no relatório que "a perspectiva de um ambiente de crescimento nominal baixo permanece como o principal fator gerador dos desafios atuais para a estabilidade financeira na zona do euro".

A instituição destacou ainda a necessidade de mudanças estruturais na Europa e disse que, embora a política monetária "possa apoiar as condições para o crescimento econômico", outras políticas "são necessárias para manter um crescimento econômico sustentável na zona do euro".

EFE/Estadão