SAÚDE

Cuidados com as doenças respiratórias.

Inverno é época de rinite, asma e bronquite; veja as 10 dicas para se prevenir desses problemas.

Em 30/06/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Todo começo de inverno é assim: as temperaturas caem, o ar fica mais seco e crescem os níveis de poluição no ambiente. Com a volta do frio (que há muito não aparecia), é a hora de pegar aqueles agasalhos guardados desde o último inverno. Mofo, frio e baixa umidade: junção perfeita para aquelas famosas “ites”. Não à toa, a estação é a recordista das rinites, sinusites, faringites, laringites e todos os problemas respiratórios – principalmente asma e bronquite. Por meio de pesquisas não oficiais, estima-se que as doenças respiratórias cresçam cerca de 40% nesta época do ano.

Realizado em 2015, um levantamento do Ibope mostrou que 44% dos brasileiros apresentam alguma doença respiratória, sendo asma e bronquite crônica na maior parte dos casos. No país, cerca de 20 milhões de pessoas convivem de forma persistente com asma, enquanto a rinite afeta aproximadamente 26% das crianças e 30% dos adolescentes. A asma é a quarta maior causa de hospitalização, resultando em cerca de 400 mil internações por ano em todo o país (Datasus, 2001). Anualmente mais de 250 mil pessoas morrem em decorrência da doença ao redor do mundo, com base em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo o coordenador técnico do Brasil Sem Alergia, o médico Marcello Bossois, todos estão sujeitos a problemas respiratórios durante o inverno, mas os alérgicos – que já representam 35% da população brasileira, de acordo com o Ministério da Saúde – têm que estar mais atentos aos sinais destas doenças. “O alérgico já tem um sistema imunológico desregulado, aumentando as possibilidades de maiores complicações respiratórias”, comenta. As crianças, gestantes, os idosos e as pessoas com doenças crônicas também preocupam, pois são vulneráveis a infecções secundárias graves, como no caso da pneumonia crônica.

Os sintomas de uma alergia respiratória podem variar, mas os mais comuns são coriza, espirros, dor de garganta e chiado no peito. Se o quadro for mais intenso, sinais gastrointestinais, como diarreia, também podem estar associados à doença. Apesar de estarem mais relacionados a processos dermatológicos, coceira e vermelhidão na pele também podem, em determinados casos, explicar um quadro de alergia respiratória.

10 dicas para prevenir as alergias respiratórias:

- Forrar colchões e travesseiros com material impermeável;

- Umidificar as narinas constantemente com soro fisiológico;

- Praticar atividade física;

- Beber bastante água;

- Evitar locais fechados e com pouca ventilação por longos períodos;

- Lavar agasalhos e cobertores antes de usá-los;

- Retirar de casa tudo que acumula mofo e poeira (bichos de pelúcia, jornais velhos e cortinas de pano);

- Utilizar produtos de limpeza biodegradáveis;

- Vacinar-se contra a gripe;

- Eliminar cigarro, principalmente dentro de casa.