NEGÓCIOS
Danone compra a WhiteWave Foods para liderar setor de alimentação orgânica.
O Grupo propõe desembolsar 9,95 bilhões de dólares pelo capital da WhiteWave Foods, diz Faber.
Em 07/07/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O grupo francês Danone anunciou nesta quinta-feira (7) que deseja assumir a liderança mundial da alimentação orgânica com a compra da empresa americana WhiteWave Foods, sua maior aquisição em 10 anos.
A empresa americana comercializa produtos orgânicos, alternativas vegetais ao leite e ao iogurte, produtos frescos, entre outros, por meio de marcas como Silk, Horizon Organic ou Earthbound Farm, e tem 5.500 funcionários.
A operação, "totalmente amistosa", foi anunciada nesta quinta-feira pela Danone e deixa o valor da WhiteWave Foods em 12,5 bilhões de dólares.
A ação da Danone passou a operar em alta na Bolsa de Paris após o anúncio.
A transação, que será financiada na íntegra com base na dívida, permitirá a Danone "duplicar seu tamanho nos Estados Unidos", afirmou Emmanuel Faber, CEO da empresa francesa.
"Nossa perfeita complementaridade nos permitirá criar um líder mundial orgânico, com um posicionamento único", disse Faber.
A Danone prevê a conclusão da operação até o fim do ano e propôs a compra da WhiteWave Foods por 56,25 dólares por ação, com pagamento total em dinheiro.
A oferta representa uma valorização de quase 24% me relação ao preço médio de fechamento das 30 últimas sessões na Bolsa.
Desembolsar 9,95 bilhões de dólares
A Danone propõe desembolsar 9,95 bilhões de dólares pelo capital da WhiteWave Foods, aos quais serão adicionados a dívida e certos passivos do grupo americano, que em 2015 registrou um volume de negócios de 4 bilhões de dólares, 85% nos Estados Unidos e 15% na Europa.
Desde que entrou na Bolsa em 2012, as vendas da WhiteWave registraram uma taxa média de crescimento anual de 19%, destacou a Danone.
A operação já foi aprovada pelos conselhos de administração das empresas, mas ainda precisa receber o aval dos acionistas da WhiteWave Foods e das autoridades reguladoras.
Faber disse que da parte das autoridades reguladoras não espera dificuldades substanciais, nem na França, nem nos Estados Unidos.
AFP