CIDADANIA
Delegacias da Mulher ganham espaço infantil no Espírito Santo.
Espaços evitam que crianças presenciem depoimentos das mães.
Em 28/12/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Tapas, empurrões, socos, queimaduras, cortes, agressões verbais. Esse é o drama vivido por centenas de mulheres no Espírito Santo a fora e, para que elas possam relatar à polícia essas agressões sem que os filhos vejam, pois muitas vezes eles já presenciaram as cenas de violência em casa, o governo do estado está criando espaços infantis nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM).
A iniciativa faz parte da campanha “16 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, que foi realizada em diversos países.
No dia 26 de novembro, as delegacias de Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim receberam os espaços, já dia 30 foi a vez da Serra. E este mês as entregas aconteceram em Cariacica, Aracruz e Colatina.
A gerente de proteção à mulher, Fernanda Braumer, enfatiza a importância de poupar os pequenos de ouvirem os depoimentos da mães.
“A criação desses espaços é para que as crianças que acompanham as mães no momento do registro da ocorrência não ouçam os relatos, não é preciso que elas revivam os momentos de violência. Além do que isso dá mais liberdade às vítimas, que se sentem inibidas em relatar os detalhes na frente dos filhos”, disse Fernanda.
As brinquedotecas nas delegacias contam com mesas, cadeiras, livros educativos, lápis de cor, tapetes coloridos e brinquedos.
Campanha
A campanha “16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência contra a Mulher”, tem como objetivo dar mais atenção ao enfrentamento à violência contra a mulher ampliando a visibilidade e o debate sobre o tema.
No Espírito Santo, além das entregas dos espaços infantis nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, diversas atividades foram realizadas, como audiência pública, conferências, palestras e oficinas com a população carcerária feminina, os punidos na Lei Maria da Penha e alunos da rede estadual.
“O objetivo da campanha é levar à população informações sobre o contexto da mulher na história, pois são atribuídos valores diferentes para o homem e para a mulher, o que gera a desvalorização do papel feminino e uma relação de poder desigual, e é isso que gera a violência”, destaca a gerente Fernanda Braumer.
Fonte: G1-ES