ESTÉTICA & BELEZA
Depilação à laser e fotodepilação exigem alguns cuidados
Risco de hiperpigmentação em determinados tipos de pele é alto.
Em 03/04/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A depilação a laser e a fotodepilação são métodos revolucionários quando falamos de remoção dos pêlos. Feitos a partir da aplicação de laser ou luz intensa pulsada na pele, as técnica são as que mais se aproximam da eliminação total dos fios. A disseminação desses procedimentos em centros estéticos de baixa qualidade, criou a impressão dos riscos não existirem, e muitas pessoas se decepcionam com o resultado acreditando ser definitivo.
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“Os dois processos consistem basicamente na eliminação da matriz germinativa dos pêlos através do calor, impedindo a sua regeneração. A questão é que não existem métodos para cessar a atividade do organismo de produzir novos pelos”, comenta Regina Jordão, CEO da rede Pello Menos de depilação, especializada no procedimento à cera. Muitos indivíduos que realizam as técnicas, se deparam com o crescimento dos pêlos após um ano do processo e outra vezes em menos tempo. “Hoje, recebemos no instituto pessoas que fizeram o laser ou a luz pulsada e não obtiveram bons resultados. Geralmente elas acabam voltando para a depilação à cera e desistem de novas sessões, principalmente pela dor causada na hora do processo”, comenta Regina.
O laser atinge camadas mais profundas da pele, alcançando o resultado esperado em metade das seções exigidas pela luz pulsada. A técnica a laser pode ser efetiva para muitas pessoas e só exigir as manutenções, porém, em muitos casos, por conta da relação hormonal e outros fatores, ela não apresenta resultado algum. “Como essas depilações atuam através da melanina, que absorve a luz e a transforma em calor, em pêlos pouco pigmentados, como os loiros e ruivos, o efeito da luz é pouco satisfatório. Já os pêlos brancos, chamados de amelânicos, também são imunes ao tratamento devido à ausência de melanina em seu interior”, diz a executiva.
Os dois métodos também apresentam uma menor penetração nos pêlos em pessoas com pele morena ou negra, já que, por possuírem mais melanina e recebem a maior parte da radiação. Além disso, os riscos e efeitos adversos também são mais altos para essas pessoas. “Nestes casos, o aconselhável é a técnica através da luz pulsada, que mesmo assim deve ser aplicada de maneira cautelosa para que não haja risco de hiperpigmentações e queimaduras. O laser para peles negras não tem um custo-benefício bom, porque o aparelho precisa ser usado em menor frequência e o número de sessões necessárias pode triplicar”, afirma Regina. “Outra questão são os grupos de risco aos tratamentos, que vai além do fototipo, como doenças de pele, gestantes e lactantes. Pessoas com transtornos endócrinos mal controlados, como diabetes ou síndrome dos ovários policísticos, também não podem realizar a técnica, assim como portadores de HIV ou doenças em quadros de baixa imunidade”, finaliza.
A idade certa para iniciar o tratamento é a partir dos 13 anos, e é recomendado que não existam fios metálicos no rosto, assim como preenchimento com ácido hialurônico nesta região. O procedimento em certas condições, como em partes do corpo com próteses, pinos e tatuagens, também não deve ser realizado.