.Deputados federais novatos querem poder para municípios do ES

Os seis deputados federais capixabas novatos desembarcam em Brasília para viver uma desafiadora temporada de 2015 a 2019. Helder Salomão (PT), Sérgio Vidigal (PDT), Max Filho (PSDB), Evair de Melo (PV), Givaldo Vieira (PT) e Marcus Vicente (PP) já fixaram as bandeiras e propostas centrais de seus quatro anos de mandato na Câmara.

Na difícil missão de tentar fazer a diferença no Congresso Nacional, prometem reforçar o coro pela reforma política, cobrar investimentos federais no Espírito Santo, recuperar o poder orçamentário dos municípios e ampliar os repasses para o financiamento da Educação.

Ex-prefeito de Cariacica e ex-secretário estadual de Assistência Social, Helder também atuará no fortalecimento das micro e pequenas empresas – marca de sua gestão. “Vou também pleitear a ampliação dos investimentos na área social, em programas federais como Pronatec, Brasil Sem Miséria e Minha Casa, Minha Vida”, assinala o petista.

Não é tarefa fácil obter destaque entre 513 parlamentares na Câmara. Na distante e enfraquecida relação com a União, o Espírito Santo é pouco expressivo nacionalmente. Ator apagado na diplomacia federativa, está sempre isolado devido ao pequeno total de eleitores e à baixa inserção e influência na política brasileira.

Evair, porém, quer remar contra essa acorrente. Avalia que o Estado precisa se apresentar melhor em Brasília, porque o desconhecimento na Esplanada inibe investimentos. “O governo federal sabe que o Espírito Santo é muito importante para o Brasil. Precisa abrir nossa logística para o comércio internacional.

Os temas são antigos, mas a nossa agenda de projetos tem que ser nova”, frisa.
Já Givaldo toca nos velhos problemas. Para ele, a primeira grande tarefa é a articulação para consolidar as principais obras de infraestrutura, todas já bem encaminhadas - a começar pelo aeroporto, que já tem contrato assinado e previsão de início em janeiro.

“O Contorno do Mestre Álvaro está com contrato firmado e liberação do Tribunal de Contas da União. Vamos acompanhar cada passo”, lista o hoje vice-governador de Renato Casagrande (PSB).

Evair de Melo
Dar resposta
Articula com PV para ser vice-líder da sigla na Câmara. Quer ser titular da comissão de Agricultura: “Fui eleito e preciso dar respostas aos capixabas. A bancada tem de agir com naturalidade e inteligência, sem bravata, para porto e aeroporto saírem do papel. Isso não é só vaidade do governador eleito; a bancada renovada tem de reconstruir essa relação”.

Givaldo Vieira
Educação
Com bandeira da educação profissional (Ifes, Pronatec), quer integrar a comissão de Educação. Ligado ao Direito, prioriza a regularização fundiária urbana e rural: “Sem título de propriedade, perde-se acesso a crédito”. Ele aposta que acontecerão as obras tão esperadas em 2015. “Vamos consolidar a duplicação do trecho da BR 262 de Viana a Vitor Hugo, com contrato já assinado”.

Helder Salomão
Municipalista
Promete empenho nas bandeiras de políticas públicas e municipalista (protagonismo dos municípios). “Não perderei tempo com questões políticas menores. Vamos lutar pelos desdobramentos do PNE (Plano Nacional de Educação) e por formação de qualidade”. Assim como Givaldo, quer superar atraso de obras de infraestrutura federais no Estado.

Marcus Vicente
Turismo e esporte
Contratou uma empresa para definir “diretrizes e metas” do mandato num planejamento estratégico em 22 e 23 de janeiro. “Vamos dar apoio integral nas áreas de turismo de eventos, corporativo (de negócios), náutico, lazer agro e ecoturismo. Todos sabem de minha ligação com Esporte, e vamos tentar atrair equipes das Olimpíadas para o ES”.

Max Filho
Contra corrupção
Seu planejamento estratégico destaca ações e formulações de combate à corrupção e impunidade – há centenas de propostas engavetadas no Congresso. Depois de anos na planície, definirá seu foco na reunião da bancada do PSDB na Câmara, após a posse. “Vamos fortalecer o eixo partidário. Sou do PSDB, do campo da oposição (a Dilma, PT)”.

Sérgio Vidigal
Retorno de impostos
Quer mais recursos para municípios. “As cidades estão estranguladas. A receita é inversa: as prefeituras ficam com a menor parcela de impostos. Se cai o investimento, cai a competitividade. E não basta investir, tem que bancar o custeio do já feito”. Cobra maior aporte de verba do Fundeb, “que hoje não paga nem os servidores da Educação”.

Fonte: G1-Espírito Santo