ESPORTE NACIONAL
Desfalques pesam, mas Palmeiras vence seu pior jogo no ano.
O líder do Brasileiro cumpriu sua obrigação e bateu o América-MG.
Em 10/10/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Fosse outro o adversário em vez do América-MG e o Palmeiras talvez não tivesse saído de Londrina com a vitória, neste domingo. Desfalcado (principalmente de Gabriel Jesus), o Verdão não foi aquele time veloz, envolvente, com gana o tempo todo. Até começou assim – e abriu o placar logo aos 3 minutos com Tchê Tchê. Mas, no geral, foi pouco criativo e demorou a achar o segundo gol, aquele para dar conforto, já no fim do jogo, com Alecsandro.
Mas que importa, claro, foi voltar de Londrina com a vitória, mantendo a vantagem de três pontos sobre o Flamengo, segundo colocado (60 a 57).
O jogo
O time treinado por Cuca decepcionou a grande torcida palmeirense na cidade paranaense. Foi uma das atuações mais desinteressantes em toda a competição, a ponto de algumas pessoas terem deixado o estádio do Café sem ver o gol de Alecsandro nos minutos finais.
Só o que empolgou (e enganou) foi o início do jogo. Além de um gol rápido, marcado por Tchê Tchê logo no terceiro minuto, em chute da entrada da área, o goleiro João Ricardo poderia ter sido vazado mais duas vezes. Mas Róger Guedes e Erik perderam duas grandes oportunidades cara a cara.
Os dois atacantes - e também o capitão Dudu - tiveram uma tarde atípica. Como teve também Moisés. Neste caso, porém, um pouco em razão de uma mudança tática. Bem mais avançado do que o habitual, o meia não rendeu o que Cuca esperava quando deixou Zé Roberto mais preso ao lado de Tchê Tchê.
Moisés provavelmente renderia mais na companhia de um atacante de referência. Os velocistas Erik, Róger Guedes e Dudu não são esse atacante. Com o desfalque do artilheiro Gabriel Jesus, cada vez mais um 9 verdadeiro, Leandro Pereira seria, mas sentiu dores no quadril e nem no banco de reservas ficou.
Alecsandro, outro centroavante de ofício, havia voltado a treinar apenas na sexta-feira e não suportaria muito tempo em alto ritmo. Por isso, entrou em campo no decorrer da segunda etapa. Não foi brilhante, longe disso, mas concluiu à rede o ótimo lançamento de Zé Roberto depois de quase 45 minutos de um futebol fraco do Palmeiras.
Valeu pelo resultado, muito melhor do que o desempenho. Fosse um oponente mais duro, o goleiro Jailson teria tido mais trabalho. Como provavelmente terá na quinta-feira, diante do Cruzeiro, em Araraquara. A diferença é que lá o Palmeiras também contará com opções ofensivas em melhores condições, sobretudo pelo retorno de Gabriel Jesus.
Globo Esporte