POLÍTICA NACIONAL
Dilma aguarda votação na Câmara acompanhada de ministros
Se o processo avançar, o Senado deverá se pronunciar e decidir se aceita as acusações.
Em 17/04/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A presidente Dilma Rousseff manteve neste domingo a rotina de andar de bicicleta durante a manhã, e passa a tarde acompanhando, junto com seus ministros mais próximos, a crucial decisão da Câmara dos Deputados sobre a abertura de um julgamento político que pode levar a seu impeachment.
Dilma, segundo a "Agência Brasil", saiu do Palácio da Alvorada por volta das 7h30 e acompanhada por dois seguranças para pedalar nos arredores da residência oficial. A presidente percorreu um caminho mais curto que o habitual e que durou 15 minutos, ao invés de uma hora, e retornou ao Alvorada, onde deu algumas voltas em uma área interna.
A governante evitou olhar para as câmeras e se limitou a dar "bom dia" aos repórteres que a seguiram no trajeto externo. No caminho de hoje, ela passou perto do Palacio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer.
Ainda segundo a "Agência Brasil", Dilma almoçou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acompanha o desenlace da votação na Câmara acompanhada pelos ministros mais próximos de seu gabinete.
Para que o processo chegue ao Senado, que terá a palavra final sobre a eventual abertura de um julgamento político de Dilma, a oposição precisa de uma maioria qualificada de 342 votos entre os 513 possíveis.
Se o processo avançar, o Senado deverá se pronunciar e decidir se aceita as acusações e instaura o julgamento político.
Nesse caso, Dilma seria afastada do poder por 180 dias, que seria o prazo que o Senado teria para realizar o trâmite que pode concluir com a cassação da presidente.
Durante esse período, o lugar de Dilma seria ocupado pelo vice-presidente Michel Temer, que rompeu relações com a governante e dedicou as últimas semanas a consultas sobre o que seria seu possível governo, pois se ocorrer o impeachment, terá que completar o mandato que acaba em 1º de janeiro de 2019.
Fonte: EFE