POLÍTICA NACIONAL
Discursos pró-impeachment atingem número suficiente para abrir processo.
Dois senadores, Eduardo Braga (PMDB-AM) e Jader Barbalho (PMDB-PA), estão de licença médica..
Em 12/05/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A sessão que discute no Senado a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff alcançou, na madrugada desta quinta-feira (12), o total de 40 senadores que se declararam favoráveis ao impedimento da presidente. Com isso, caso os parlamentares mantenham na votação o posicionamento defendido em discurso no plenário, já há número suficiente para aprovar o impeachment e afastar Dilma por até 180 dias.
Para que seja aprovado o relatório da Comissão Especial do Impeachment e o processo seja instaurado, são necessários votos favoráveis da maioria simples dos senadores presentes – metade mais um. A expectativa é que 78 dos 81 senadores votem durante a sessão.
Dois senadores, Eduardo Braga (PMDB-AM) e Jader Barbalho (PMDB-PA), estão de licença médica. O terceiro que não irá comparecer à votação é Pedro Chaves dos Santos (PSC-MS), suplente de Delcídio do Amaral (sem partido-MS), cassado nesta terça-feira (10). Santos ainda não tomou posse como senador titular substituto de Delcídio.
O 40º discurso favorável ao impeachment foi dado às 03h05, com a fala do senador Roberto Rocha (PSB-MA). "Voto pela admissibilidade da denúncia, na expectativa que o Senado conduza o processo de forma límpida, amparado na Constituição e animado pelo senso de justiça", declarou. No momento da fala dele, outros 16 parlamentares haviam se posicionado contra o processo.
A votação da instauração do processo de impeachment deve ocorrer na manhã desta quinta-feira. A sessão que discute o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável ao processo, começou na manhã desta quarta-feira, com discursos de até 15 minutos para cada senador.
Discursos
A sessão destinada à discussão e votação do parecer da comissão especial estava prevista para começar às 9h. No entanto, o início dos trabalhos só aconteceu às 10h .A primeira oradora inscrita na sessão, Ana Amélia Lemos (PP-RS), só subiu à tribuna por volta de 11h20. Isso porque, antes de os parlamentares começarem a discursar, alguns senadores pediram a palavra para comentar a validade do processo de impeachment.
Conforme havia anunciado, o presidente do Senado, Renan Calheiros, suspendeu a sessão por volta de 12h30 para que os senadores pudessem almoçar. O segundo bloco de pronunciamentos iniciou às 14h30 e se estendeu até as 18h30, quando houve novo intervalo. O terceiro bloco, que ainda está em andamento, teve início às 19h25 e deve seguir até por volta das 7h desta quinta-feira (12).
Senadores governistas e da oposição se revezaram na tribuna do Senado. Após os discursos, os parlamentares eram aplaudidos por colegas que concordavam com o posicionamento apresentado.
Com o avanço da sessão ao longo da noite de quarta e da madrugada de quinta, vários senadores foram deixando o plenário para descansar. À 1h desta quinta, dos 77 senadores que estavam com presença registrada no painel, apenas 27 estavam no plenário.
Alguns senadores, caso de Lídice da Mata (PSB-BA), só entraram em plenário próximo da hora que discursariam. Outros, como o senador Fernando Collor (PTC-AL), deixaram o plenário logo após se pronunciarem na tribuna.
Veja o posicionamento dos senadores até o 40º discurso no plenário:
– A FAVOR (50)
Ana Amélia Lemos (PP-RS)
José Medeiros (PSD-MT)
Aloysio Nunes (PSDB-SP)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Zezé Perrella (PTB-MG)
Lúcia Vânia (PSB-GO)
Magno Malta (PR-ES)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Romário (PSB-RJ)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Dário Berger (PMDB-SC)
Simone Tebet (PMBD-MS)
Cristovam Buarque (PPS-DF)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Agripino Maia (DEM-RN)
Acir Gurgacz (PDT-RO)
Eduardo Amorim (PSC-SE)
Aécio Neves (PSDB-MG)
Wilder Morais (PP-GO)
Álvaro Dias (PV-PR)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Marcelo Crivella (PRB-RJ)
Lasier Martins (PDT-RS)
Reguffe (sem partido-DF)
Hélio José (PMDB-DF)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Gladson Cameli (PP-AC)
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Omar Aziz (PSD-AM)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Roberto Rocha (PSB-MA)
Blairo Maggi (PR-MT)
Dalírio Beber (PSDB-SC)
José Serra (PSDB-SP)
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Ivo Cassol (PP-RO)
Benedito de Lira (PP-AL)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
– CONTRA (20)
Telmário Mota (PDT-RR)
Ângela Portela (PT-RR)
Jorge Viana (PT-AC)
Fátima Bezerra (PT-RN)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Vanessa Grazziotin (PC do B-AM)
Regina Sousa (PT-PI)
Armando Monteiro (PTB-PE)
João Capiberibe (PSB-AP)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Otto Alencar (PSD-BA)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Paulo Rocha (PT-PA)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Paulo Paim (PT-RS)
Donizeti Nogueira (PT-TO)
José Pimentel (PT-CE)
Walter Pinheiro (sem partido-BA)
Humberto Costa (PT-BA)
– NÃO SE POSICIONOU (1)
Fernando Collor (PTC-AL)
ATUALIZADO:
Com quórum de 78 senadores, e em rápida votação eletrônica, o resultado foi de 55 votos SIM, contra 22 votos NÃO. Sessão encerrada às 06:33h de hoje (12).
Do g1/Brasília