ECONOMIA INTERNACIONAL
Dólar oscila com exterior e cena eleitoral
Na véspera, o dólar subiu 0,2%, a 3,7474 na venda.
Em 20/06/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O dólar oscila nesta quarta-feira (20), influenciado pelo alívio no mercado externo, em meio a expectativas de que a China pode adotar medidas de estímulo, e também com a cena política local, segundo a Reuters.
Às 12h45, a moeda norte-americana caía 0,37%, vendida a R$ 3,7335. Na mínima da sessão, chegou a R$ 3,7070. Veja mais cotações.
O mercado interno avalia pesquisas eleitorais que mostram a dificuldade dos candidatos que os investidores consideram como mais comprometidos com ajustes fiscais de ganhar tração na corrida presidencial.
Também pesa a greve dos caminhoneiros, em maio, que alimentou as preocupações com a deterioração do quadro fiscal do Brasil, com a redução do preço do diesel gerando impacto bilionário sobre as contas do governo.
O recuo do dólar ante o real neste pregão também era influenciado pelo cenário externo, onde os mercados cambiais davam um respiro depois que a China sinalizou tolerância a uma moeda mais forte ao fixar um ponto médio diário mais forte do que o esperado.
O dólar tinha leves variações ante uma cesta de moedas e recuava frente a divisas de países emergentes, como o peso chileno.
Atuação do BC
O Banco Central intensificou suas intervenções no mercado cambial, tendo na injetado o equivalente a pouco mais de US$ 39 bilhões em novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. E anunciou que injetaria mais US$ 10 bilhões nesta semana.
Para esta sessão, por enquanto, o BC apenas anunciou oferta de até 8.800 swaps para rolagem do vencimento de julho.
Na última sessão, o BC também não anunciou qualquer intervenção excepcional. Fez apenas o leilão de swap para rolagem de US$ 5,720 bilhões do total de US$ 8,762 bilhões que vencem no mês que vem.
Último pregão
Na véspera, o mercado internacional viveu movimento de aversão ao risco diante do recrudescimento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China após nova ameaça de mais tarifas comerciais pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e retaliação de Pequim.
O dólar subiu 0,2%, vendido a 3,7474. A cotação ficou perto da estabilidade mesmo sem a oferta de novos contratos de swap cambial tradicionais durante o pregão. Foi a primeira vez que o Banco Central não ofertou novos derivativos desse tipo desde 11 de maio.
(Foto: Divulgação)