Em 23/02/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O dólar opera em queda, voltando ao nível de R$ 3,05 nesta quinta-feira (23), após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, não endossar apostas de aumento de juros em breve, e em meio ao ambiente de taxas mais baixas no Brasil que alimentavam avaliações mais positivas sobre a economia.
Às 12h39, a moeda norte-americana recuava 0,08%, a R$ 3,0678 na venda, depois de cair 0,65% na véspera, a R$ 3,0705. Veja a cotação.
"Além de o mercado achar que o Fed não deve subir o juro agora em março, o BC brasileiro cortou a Selic, o que ajuda a impulsionar a economia e deixa investidores satisfeitos", comentou o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello, à Reuters.
Na véspera, a ata do último encontro do Fed mostrou que muitos membros do colegiado disseram ser apropriado aumentar os juros "em breve", caso os dados de emprego e inflação estejam alinhados com as expectativas. O Fed se reúne novamente para tratar de política monetária nos dias 14 e 15 de março.
Entre os membros com direito a voto, no entanto, havia muito menos urgência de aumentar as taxas, com muitos vendo apenas "risco modesto" de que a inflação aumentaria significativamente e que o Fed "provavelmente teria tempo suficiente" para responder se surgissem pressões sobre os preços.
Dessa forma, os investidores ganharam tempo para deixar seus recursos aplicados em outras praças, como a brasileira. Juros maiores pelo Fed têm potencial para atrair recursos à maior economia do mundo.
No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas e ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Cenário local
O dólar também recuava no Brasil com o cenário um pouco mais positivo para a economia brasileira, após o Banco Central reduzir a taxa básica de juros na noite passada em 0,75 ponto percentual, a 12,25%, e deixar a porta aberta para acelerar o passo em breve.
Além disso, mesmo com os cortes, a Selic ainda é a maior taxa do mundo, segundo a corretora Infinity, o que mantém a atratividade do mercado brasileiro aos investidores.
O BC realiza nesta sessão o último leilão de swap tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- com oferta de até 6 mil contratos para rolagem dos contratos que vencem em março.
Fonte: g1