SAÚDE
Doença cardiovascular é principal causa de morte prematura
Novos fatores de risco cardiovascular devem entrar na investigação e na rota de tratamento.
Em 28/05/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os fatores de risco convencionais, que contribuem para a ocorrência e agravamento das doenças cardiovasculares, têm sido identificados e amplamente estudados.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte prematura e incapacidade na população em geral e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a sua incidência está aumentando em todo o mundo. Os fatores de risco convencionais, que contribuem para a ocorrência e agravamento das doenças cardiovasculares, têm sido identificados e amplamente estudados. Eles incluem níveis elevados de colesterol, pressão alta, diabetes, obesidade, tabagismo e falta de atividade física. Apesar da introdução de medidas de prevenção e tratamento desses fatores de risco com hipolipemiantes, anti-hipertensivos, antiplaquetários e anticoagulantes, a taxa de mortalidade relacionada às doenças cardiovasculares permanece alta.
Diante disso, novos fatores de risco cardiovascular devem entrar na investigação e na rota de tratamento pelos médicos e chamar atenção da população. Assim nos orienta um estudo recente da revista The American Journal of Medicine, que identificou uma série de novos fatores de risco.
Inflamação sistêmica:
- 1 - Gota – Entre os pacientes que tiveram um surto recente de gota, a probabilidade de sofrer um evento cardiovascular agudo, como infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral, é maior;
- 2 - Artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico — Pessoas com uma ou ambas as condições têm maior probabilidade de apresentar doença arterial coronariana prematura e extremamente prematura concomitante;
- 3 - Doença inflamatória intestinal (doença de Crohn ou colite ulcerosa) — Os pacientes com esta doença têm maior chance de desenvolver doença arterial coronariana;
- 4 - Psoríase — Pacientes com psoríase têm até 50% mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares.
Fatores maternos:
Os fatores que aumentam o risco de doença arterial coronariana associada a cada uma dessas condições abaixo não são conhecidos, mas podem ser o resultado do aumento de citocinas e estresse oxidativo. São elas:
- 5 - Diabetes gestacional;
- 6 - Pré-eclâmpsia;
- 7 - Dar à luz uma criança com baixo peso ao nascer;
- 8 - Parto prematuro;
- 9 - Menopausa prematura ou cirúrgica.
Estilo de vida:
- 10 - Longas jornadas de trabalho de pacientes que sofreram um primeiro infarto do miocárdio aumentam o risco de um evento recorrente, possivelmente devido à exposição prolongada a estressores do trabalho;
- 11 - Pular o café da manhã tem sido associado ao aumento da mortalidade cardiovascular e por todas as causas;
- 12 - O consumo prolongado de bebidas contendo açúcar e adoçantes artificiais também foi associado ao aumento da mortalidade cardiovascular.
Outros:
- 13 - Uma associação incomum e ainda inexplicável foi observada entre enxaqueca com aura em mulheres e doença cardiovascular incidente;
- 14 - Também é interessante a associação de trauma na infância e o risco de desfechos cardiovasculares adversos em indivíduos jovens e de meia-idade com histórico familiar de infarto do miocárdio;
- 15 - Pacientes transgêneros que se apresentam para cuidados de afirmação de gênero também apresentam maior risco cardiovascular. Entre esses pacientes, o aumento do risco de doença arterial coronariana pode estar relacionado a altos índices de ansiedade e depressão, diz o estudo;
- 16 - Fatores ambientas como o baixo nível socioeconômico surgiu como um fator de risco. Estressores psicossociais aumentados, oportunidades educacionais e econômicas limitadas e falta de influência dos pares favorecendo escolhas de estilo de vida mais saudáveis podem ser elementos causadores que levam ao aumento da doença arterial coronariana entre indivíduos com baixas condições socioeconômicas de vida;
- 17 - A poluição do ar também é um fator de risco e causou 9 milhões de mortes em todo o mundo em 2019, sendo 62% devido a doença cardiovascular e 31,7% a doença arterial coronariana. Os aerossóis ambientais severamente poluídos contêm vários metais tóxicos, como chumbo, mercúrio, arsênico e cádmio. A exposição transitória a vários poluentes atmosféricos pode desencadear o aparecimento de uma síndrome coronária aguda.
Reconhecer a presença de um ou mais desses fatores de risco pode ajudar a estimular e melhorar os comportamentos para reduzir ao mínimo os fatores de risco cardiovascular mais convencionais, além de nos alertar para “novos” fatores de risco. (Por Mateus Freitas Teixeira, via Eu Atleta)
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