ECONOMIA NACIONAL
Dólar opera em queda, abaixo de R$ 3,50, por aposta em impeachment.
Na sexta, norte-americana terminou o dia vendida a R$ 3,5965.
Em 11/04/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O dólar recua ante o real nesta segunda-feira (11), chegando a operar abaixo de R$ 3,50 nesta segunda-feira (11), mesmo após rara atuação tripla do Banco Central para sustentar as cotações, refletindo a euforia do mercado com perspectiva de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Às 14h49, a moeda norte-americana operava em queda de 2,68%, a R$ 3,4998. A última vez que o dólar fechou abaixo de R$ 3,50 foi em agosto de 2015 (R$ 3,496, no dia 21).
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 0,79%, a R$ 3,5681.
Às 9h29, queda de 0,62%, a R$ 3,574.
Às 9h49, queda de 0,88%, a R$ 3,5647.
Às 9h59, queda de 1,01%, a R$ 3,5569.
Às 10h09, queda de 1,38%, a R$ 3,5467.
Às 10h29, queda de 1,72%, a R$ 3,5344.
Às 10h49, queda de 2,28%, a R$ 3,5145.
Às 12h, queda de 1,768%, a R$ 3,5329.
Às 12h50, queda de 2,18%, a R$ 3,5181.
Às 13h50, queda de 2,02% a R$ 3,5237.
Às 14h10, queda de 1,94%, a R$ 3,5266.
Às 14h39, queda de 2,44%, a R$ 3,5085.
"A semana promete trazer grandes emoções", resumiu o operador da corretora Correparti Ricardo Gomes da Silva à Reuters, citando a votação do parecer sobre o impeachment e, possivelmente, a apreciação do tema no plenário da Câmara no fim da semana.
O próprio governo prevê que será derrotado na votação na comissão do impeachment, marcada para começar as 17h, e tem concentrado seus esforços em angariar votos no plenário da Casa.
Levantamentos mostrando que estaria crescendo a adesão dos deputados à campanha pelo afastamento de Dilma têm sido bem recebidos no mercado, que entende que a manobra poderia ajudar a trazer de volta a confiança no Brasil.
O bom humor levou investidores a deixarem de lado pesquisa do Datafolha mostrando redução do apoio popular ao impeachment.
Nos mercados externos, dados sobre a inflação chinesa alimentaram expectativas de que Pequim deve manter seus estímulos monetários, aumentando a demanda por ativos de maior risco. O movimento dava continuidade ao bom humor que prevaleceu na sexta-feira, depois de vários dias de intensa aversão a risco.
Na sexta-feira, o dólar terminou o dia vendido a R$ 3,5965, em queda de 2,63% - maior recuo em seis meses. Na semana passada, no entanto, a moeda acumulou alta de 0,94%.
Intervenção do BC
Diante da forte queda do dólar sobre o real, o BC intensificou sua atuação no mercado, mas com poucos efeitos.
Após vender apenas 7,7 mil dos 20 mil swaps reversos em leilão na primeira hora da sessão, a autoridade monetária anunciou ainda para esta manhã outra oferta de 12,3 mil contratos, equivalente aos não vendidos. Essa segunda estapa não estava sendo normalmente feita.
No entanto, também vendeu parcialmente a oferta na segunda operação, colocando ao todo 12,7 mil novos swaps reversos, que equivalem à compra futura de dólares.
Além disso, o BC vendeu apenas 4 mil swaps tradicionais --que correspondem à venda futura de dólares-- na oferta de até 5,5 mil contratos para rolagem do lote do mês que vem, após vender a oferta integral em todos os leilões de rolagem feitos neste mês.
Com isso, repôs ao todo o equivalente a US$ 1,804 bilhão, ou cerca de 17% do lote total, que corresponde a US$ 10,385 bilhões.
O BC tem reduzido rapidamente nas últimas semanas seu estoque de swaps tradicionais, hoje equivalente a pouco mais de US$ 100 bilhões, que tende a gerar custos para o BC quando o dólar sobe.
Fonte: G1