POLÍTICA NACIONAL
Doria pede que Holiday procure Prefeitura antes de divulgar visitas a escolas.
Para prefeito, estresse entre secretário Schneider e Holiday já foi superado.
Em 10/04/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (10) que o vereador Fernando Holiday (DEM) deve entrar em contato com a Prefeitura ou a Secretaria da Educação antes de divulgar os vídeos de visitas a escolas municipais para "verificar supostas doutrinações ideológicas".
Holiday e o secretário da Educação, Alexandre Schneider, entraram em atrito depois que o parlamentar, defensor do projeto Escola Sem Partido, divulgou que estava fazendo visitas em escolas municipais para verificar se professores estavam realizando algum tipo de "doutrinação ideológica" com os alunos". Schneider tomou as dores dos docentes e criticou a "intimidação" -como classificou -promovida por Holiday.
"O que gerou o estresse não foi o fato da visita, foi a forma que isso foi comunicado. E nesse sentido eu também pedi ao vereador que, nas próximas visitas, em vez de compartilhar nas redes sociais, possa primeiro solicitar ao secretário ou ao prefeito medidas cautelares preventivas em relação ao tema que o preocupa. Isso vale para todos os demais vereadores", completou Doria.
Segundo Doria, o "estresse" entre o vereador Holiday e o secretário da Educação, Alexandre Schneider, "já foi superado".
De acordo com o prefeito, "já não há qualquer tipo de problema ou atrito entre ambos". "Eu mesmo agi, conversando com eles, e estabelecemos essa pacificação e a orientação necessária", acrescentou o prefeito.
Doria defendeu o direito de Holiday de visitar as escolas e qualquer outro equipamento público para a qualidade dos serviços prestados à população. "Eles têm o mandato para isso", afirmou. O tucano ressaltou, no entanto, que faltou comunicação com a secretária responsável.
Ameaças
As vereadoras Sâmia Bomfim e Isa Penna, ambas do PSOL, tiveram seus números de celulares expostos em redes sociais e grupos de WhatsApp para serem “convencidas” do projeto de lei Escola Sem Partido.
Com a sigla do Movimento Brasil Livre (MBL), que é coordenado também pelo vereador Holiday (DEM), a imagem da vereadora Sâmia Bomfim e seu respectivo contato telefônico foram divulgados acompanhados dos dizeres “Escola Sem Partido. Sâmia Bomfim é a favor da doutrinação nas escolas, ajude-nos a convence-la do contrário”.
A “campanha” virtual gerou centenas de mensagens de ódio e ameaças às vereadoras. A assessoria de imprensa de Sâmia disse ao G1 que entregará uma relação com os números telefônicos que mandaram tais conteúdos à Delegacia de Delitos Cometidos por Meios Eletrônicos.
Questionado pelo G1, a assessoria de imprensa do vereador negou que ele tenha sido responsável pela ação. “Não partiu de nós, nosso mandato tem coisa mais séria a tratar e Holiday também já sofreu ataques como este. Não é a primeira vez que as vereadoras criam “fanfics” e mentiras a seus seguidores sobre Fernando Holiday e o MBL, aproveitando nossa popularidade para ganhar likes.”