ECONOMIA INTERNACIONAL

Dívida global atingiu 331% do PIB no 1º trimestre, diz IIF

A afirmação é do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).

Em 16/07/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

(Foto: Dado Ruvic/Reuters)

Dívida global aumentou mais de 10 pontos percentuais em comparação ao período anterior à pandemia, aposta o Instituto de Finanças Internacionais.

O Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) afirma que a dívida global atingiu o equivalente a 331% do produto interno bruto (PIB) global, ou o equivalente a 258 trilhões de dólares, no primeiro trimestre deste ano, mais de 10 pontos percentuais acima dos níveis anteriores à pandemia. No quarto trimestre de 2019, a dívida global equivalia a 320% do PIB do mundo, segundo o monitor da instituição.

Nos mercados desenvolvidos, a dívida atingiu 392% do PIB (de 380% em 2019) no primeiro trimestre. Canadá, França e Noruega tiveram os maiores aumentos. Já entre os emergentes, a dívida superou 230% do PIB no primeiro trimestre deste ano, de 220% em 2019, em grande medida puxada por corporações de fora do setor financeiro na China, de acordo com o IIF.

Depreciação das moedas

O levantamento mostra que o valor em dólar da dívida dos emergentes caiu um pouco — em 700 bilhões, para 72,5 trilhões —, diante da depreciação das moedas emergentes frente à americana.

O relatório aponta ainda, ao falar sobre o quadro global, que os governos representaram mais de 60% da emissão bruta no segundo trimestre.

“Embora os níveis crescentes de dívida levantem preocupações sobre a dinâmica da dívida e a confiabilidade do crédito, mais de 92% da dívida dos governos ainda tem grau de investimento”, diz.

Outro fator

Outro fator notado é que o setor corporativo foi responsável por mais de 65% do aumento na relação entre dívida global e PIB no primeiro trimestre de 2020.

Em uma tabela, o IIF lista vários países e suas dívidas por categoria. No caso do Brasil, a dívida como porcentagem do PIB das famílias subiu de 29,0% no primeiro trimestre de 2019 para 30,2% no primeiro trimestre de 2020; a das corporações não financeiras passou de 41,6% para 43,5%, na mesma comparação; a do governo foi de 86,3% a 91,9%; e a do setor financeiro passou de 40,8% para 51,6%. (Estadão Conteúdo)