POLICIA

Eike Batista é levado para prestar depoimento à Polícia Federal nesta terça.

Investigações revelaram pagamento de propina ao ex-governador Sérgio Cabral.

Em 31/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O empresário Eike Batista deixou no início da tarde desta terça-feira (31) a Penitenciária Bandeira Stampa, no complexo de Gericinó, Zona Oeste do Rio, em direção à Superintendência da Polícia Federal, na Praça Mauá, onde prestará depoimento sobre as acusações de pagamento de propina a políticos, reveladas pela Operação Eficiência. Imagens da Globonews mostraram o empresário de cabeça raspada e com uniforme do sistema prisional sendo levado para um carro da Polícia Federal. Ele chegou à PF às 14h45, aos gritos de ladrão de pessoas que estavam na porta da superintendência da corporação.

Pouco antes, o advogado de Eike, Fernando Martins, chegou à Superintendência da PF e disse a jornalistas que "a princípio não há possibilidade" do empresário fazer uma delação .

Enquanto Eike não chegava a Superintendência da PF, na Zona Portuária do Rio, curiosos aguardavam a chegada do empresário. Três deles, que se identificaram como artistas de rua, estavam fantasiados dos personagens Thor, Flash e Naruto.

O depoimento de Eike será acompanhado por procuradores do Ministério Público Federal (MPF). Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), o empresário passou a noite tranquilo e se alimentou normalmente na manhã desta terça.

Eike Batista foi preso na manhã de segunda-feira (30), no Aeroporto Internacional, assim que desembarcou de um voo vindo de Nova York. Ele foi levado para o presídio Ary Franco, em Água Santa, na Zona Norte da cidade, e em seguida encaminhado para o Bandeira Stampa.

O empresário teve a prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, depois que dois doleiros disseram que ele pagou propina de US$ 16,5 milhões (cerca de R$ 52 milhões) ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso desde novembro.

Dois dias antes de a Operação Eficiência ser deflagrada, Eike viajou para os Estados Unidos, mas afirmou que nunca pretendeu fugir da Justiça brasileira e que está disposto a colaborar com as autoridades.

g1/Rio de Janeiro