CIDADANIA

Em dez anos, Ligue 180 faz quase 5 milhões de atendimentos às mulheres.

Entre 2006 e 2015, foram realizados cerca de 5 milhões de atendimentos.

Em 25/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Quase 5 milhões de atendimentos. Esse é o saldo de 10 anos de funcionamento da Central de Atendimento à Mulher-Ligue 180, disque-denúncia para casos de violência de gênero do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.

São 250 atendentes (todas mulheres) que se revezam para atender ligações 24 horas por dia. O serviço está disponível em todos os Estados. Elas dão orientações, esclarecem dúvidas e podem registrar denúncias de agressões, tudo de forma sigilosa e segura.

Desde 2006, foram realizados 4.708.978 atendimentos. Desses, 552.748 foram relatos de violência contra a mulher, com destaque para os de violência física (56,72%) e psicológica (27,74%). 

Entre 2006 e 2015, a Central consolidou-se como canal de informações sobre legislações e direitos, violências e crimes e serviços especializados no atendimento de mulheres em situação de violência. Ao longo de 10 anos, foram prestadas 1.661.696 de informações pelo Ligue 180 e 824.498 encaminhamentos a serviços da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.

Números de 2015

Em 2015, de janeiro a outubro, a Central realizou 634.862 atendimentos. Foram em média 63.486 mensais e 2.116 diários. Essa quantidade foi 56,17% superior ao número de atendimentos realizados no mesmo período de 2014 (406.515).

Do total de atendimentos deste ano, 39,52% corresponderam à prestação de informações, principalmente sobre a Lei Maria da Penha; 9,65% foram encaminhamentos para serviços especializados; e 40,28% encaminhamentos para outros serviços de teleatendimento, tais como 190 da Policia Militar, 197 da Polícia Civil e Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos.

Em 2015, do total de atendimentos, 63.090 foram relatos de violência, dos quais 58,55% foram cometidos contra mulheres negras. Na avaliação dos técnicos da Central, esses dados demonstram a importância da inclusão de indicadores de raça e gênero nos registros administrativos referentes à violência contra as mulheres.

Dentre os relatos, 49,82% corresponderam a relatos de violência física; 30,40% de violência psicológica; 7,33% de violência moral; 2,19% de violência patrimonial; 4,86% de violência sexual; 4,87% de cárcere privado; e 0,53% de tráfico de pessoas.

Em comparação com o mesmo período em 2014, a Central de Atendimento à Mulher constatou que houve aumento de 300,39% nos registros de cárcere privado, com média de dez registros/dia; de 165,27% nos casos de estupro, com média de oito relatos/dia, ou seja, a cada 3 horas é registrado um caso de estupro no Ligue 180; e de 161,42% nos relatos de tráfico de pessoas, com registro médio de 1 registro/dia.

Campo Grande permanece com a maior taxa de relatos de violência, seguida por Rio de Janeiro e Natal. Foi em Campo Grande que a Secretaria de Políticas para as Mulheres inaugurou a primeira Casa da Mulher Brasileira, em fevereiro de 2015. Entre as unidades da federação, foi no Distrito Federal a maior taxa de relatos de violência pelo Ligue 180, seguido por Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

Nos primeiros seis meses de 2015, o Ligue 180 atendeu todas as 27 unidades da federação, com média de 52,45 relatos de violência por 100 mil mulheres.

A quantidade de relatos de violência entre janeiro e outubro de 2015 foi 40,33% superior aos relatos registrados no mesmo período em 2014 (44.957).

Fonte: Secretaria de Políticas para as Mulheres