POLÍTICA NACIONAL
Em entrevista, Dilma Rousseff diz que impeachment não tem base real.
Presidente afirmou, ainda, considerar que o assunto tem um caráter de luta política contra seu governo.
Em 24/05/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A presidenta Dilma Rousseff disse que não teme o impeachment por entender que não há “base real” para um eventual processo. Dilma afirmou, ainda, considerar que o assunto tem um caráter de luta política contra seu governo. As declarações foram feitas em entrevista ao jornal mexicano La Jornada e divulgadas neste domingo (24) pela Presidência da República.
“O impeachment está previsto na Constituição. Ele é um elemento da Constituição, está lá escrito. Agora, o problema do impeachment é sem base real, e não é um processo, e não é algo, vamos dizer assim, institucionalizado. Eu acho que tem um caráter muito mais de luta política. Ou seja, é muito mais esgrimido como uma arma política. Uma espécie de espada política, mistura de espada e de dama que querem impor ao Brasil”, disse.
E completou: “A mim não atemorizam com isso. Eu não tenho temor disso, eu respondo pelos meus atos. E eu tenho clareza dos meus atos”.
A presidenta, que inicia na segunda-feira (25) a visita oficial ao México, também falou sobre a aproximação entre os Estados Unidos e Cuba, comentou a situação de países da América Latina e destacou a importância da Petrobras.
Dilma afirmou esperar que a aproximação entre Cuba e os Estados Unidos se aprofunde e leve ao completo fim o embargo imposto pelos Estados Unidos. “Eu sei que não depende do Executivo americano, depende do Congresso americano, mas esse será um passo fundamental”, considerou. Em sua avaliação, a aproximação encerra a guerra fria no continente.
Ao falar sobre os vizinhos da América Latina, a presidenta disse que é a favor de que na Venezuela se respeite a ordem democrática por parte do governo e da oposição. Destacou, ainda, que os conflitos e manifestações fazem parte da democracia.
“Não acredito que a democracia engendre situações de paz dos cemitérios. A democracia engendra manifestações de rua, reivindicações, a democracia engendra expressão de descontentamento”, explicou.
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