ESPORTE INTERNACIONAL
Em nome da mãe, Esquiva Falcão confia na vitória em Las Vegas
Em entrevista, o medalhista de prata nos Jogos de Londres-2012 falou sobre a perda da mãe.
Em 22/10/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Tenho uma luta muito importante pela frente e sei que minha mãe estará me olhando lá de cima. Vou abraçar esta oportunidade como se não houvesse outra.
Ainda de luto pela morte da mãe, Esquiva Falcão está nos Estados Unidos, onde se prepara para o duelo de 20 de novembro, em Las Vegas, nos Estados Unidos, onde vai disputar a eliminatória do título mundial dos pesos médios da Federação Internacional de Boxe (FIB), diante do canadense Patrice Volny.
Em entrevista exclusiva ao Estadão, o medalhista de prata nos Jogos de Londres-2012 comentou sobre a perda da mãe, da preparação para o duelo decisivo, do adversário, da tática de luta e ainda do campeão olímpico Hebert Conceição e do irmão Yamaguchi Falcão.
Como está sendo sua preparação para a luta de 20 de novembro, após a morte de sua mãe?
Muito difícil. Eu nunca tinha perdido uma pessoa próxima. Tenho uma luta muito importante pela frente e sei que minha mãe estará me olhando lá de cima. Vou abraçar esta oportunidade como se não houvesse outra.
Esta é uma luta definitiva em sua carreira. Uma vitória vai colocá-lo como desafiante oficial do título da FIB?
É a luta da minha vida. Uma vitória poderá me colocar diante de um nomes mais importantes do boxe atual, que é o campeão GGG (Gennady Golovkin). Tive um período parado por causa da morte da minha mãe, mas estou concentrado, já estou fazendo sparring e estarei 100% para vencer, porque, mais do que querer, eu preciso desta vitória.
O que você sabe do seu rival e como pretende se comportar na luta?
Esta é uma luta que eu espero desde quando comecei no boxe. Chegou o momento decisivo. Pode ter certeza de que vencerei. Estou confiante. Sei que meu adversário é invicto, com 16 vitórias, dez nocautes e possui um estilo complicado. É perigoso, agarra muito, luta de guarda baixa, gosta de irritar, mexer com o psicológico, é debochado, mas tenho mais experiência, minha equipe é muito boa, minha carreira foi programada. Vou atacar a linha de cintura e tentar minar a resistência dele. São 12 rounds, poderei trabalhar com paciência e construir a vitória.
Hebert Conceição, campeão olímpico em Tóquio, estuda a possibilidade de se tornar profissional. O que você diria para ele?
Acho que ele deve permanecer entre os olímpicos. Estão pagando bem. Ele é militar, tem bolsa pódio (R$ 15 mil), a CBBoxe (confederação) dá um verbal mensal… Ele deve ficar até Paris, fazer mais história. Ele é novo. Aí, depois, com calma, vai para o profissional.
E o seu irmão Yamaguchi Falcão?
Ele teve a carreira prejudicada pela pandemia, pois pouco antes ele teve uma derrota, um empate e o contrato dele com a Golden Boy terminou. Agora ele está de volta, fazendo lutas no Brasil, se apresenta neste sábado e no ano que vem deve retomar os treinos aqui nos Estados Unidos e voltar para o ranking mundial. (Estadão Conteúdo)
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