POLÍTICA NACIONAL
Emprego e FGTS ajudam na avaliação do governo Bolsonaro
A avaliação subiu para 34,5% em janeiro, ante 29,4% em agosto do ano passado.
Em 22/01/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A avaliação positiva do governo do presidente Jair Bolsonaro subiu para 34,5% em janeiro, ante 29,4% em agosto do ano passado, mostrou pesquisa CNT/MDA divulgada nesta quarta-feira, beneficiada pela melhora no emprego e medidas como a liberação de recursos do FGTS.
“Nós entendemos que a aprovação da reforma da Previdência impacta positivamente, pois trás um ânimo maior à economia e alguma coisa já está começando a movimentar. Tanto é que, em 2019, houve geração de quase 1 milhão de novos empregos formais”, disse Vander Costa, presidente da CNT.
Ele argumentou que mesmo empregos informais têm impacto positivo na avaliação das pessoas. “Não deixa de ser um emprego, uma forma que a pessoa está tendo renda e trazendo para casa”, disse.
“Como isso foi mais forte no segundo semestre, justifica o fato de a percepção estar mudando no segundo semestre.”
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no acumulado de 2019 até novembro houve a criação líquida de 948.344 vagas de emprego. Ainda assim, o número de desempregados no país era de 11,9 milhões no final de novembro, de acordo com o IBGE.
O levantamento mostrou também que a avaliação negativa caiu para 31%, em comparação com 39,5% em agosto de 2019. A avaliação regular foi a 32,1%, ante 29,1%. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
“Talvez o fato de ter pago o 13º do Bolsa Família fez com que aquelas famílias que recebam o benefício tenham dado uma perspectiva melhor, bem como a liberação do FGTS”, lembrou Costa.
Com relação à expectativa para os próximos seis meses, 43,2% dos entrevistados acreditam que a situação do emprego irá melhorar, enquanto 18,9% apostam em piora. Em relação aos ganhos mensais, 34,3% preveem melhora, 51,8% dos entrevistados acreditam que os rendimentos ficarão iguais e apenas 11,0% esperam queda.
Para Lucas de Aragão, da Arko Advice, apesar do governo se envolver em questões controvérsias, a população em geral está mais interessado nos resultados econômicos concretos.
“Hoje, o cidadão brasileiro está muito mais preocupado com segurança pública, inflação, emprego e os resultados da economia real do que com questões como o nazismo ou alguém do governo mencionando o AI-5”, disse.
“Isso é uma prova de que o brasileiro médio não está preocupado com essas controvérsias e vê um governo de sucesso como um governo que pode fornecer condições econômicas estáveis e adequadas”, acrescentou o analista.
Dentre as áreas apontadas como de melhor desempenho do governo nesse primeiro ano de gestão, estão o combate à corrupção (30,1%), economia (22,1%) e segurança (22,0%). Os participantes podiam escolher até duas áreas.
Já a saúde, em compensação, é a área avaliada com o pior desempenho do governo durante o primeiro ano, sendo citada por 36,1% dos entrevistados. Em seguida vêm educação (22,9%) e o meio ambiente (18,5%). Os entrevistados também podiam escolher duas áreas.
A pesquisa também levantou a intenção de voto espontânea para presidente em 2022 e mostrou Bolsonaro à frente com 29,1%, seguido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (17,0%), que hoje está impedido de ser candidato, Ciro Gomes (3,5%) e o ministro da Justiça, Sergio Moro (2,4%), entre outros.
A pesquisa do instituto MDA, para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), ouviu 2.002 pessoas entre os dias 15 e 18 de janeiro, em 137 municípios de 25 Unidades da Federação. (Reuters)